Uma das reclamações é a vulnerabilidade na formação de jogadores. Sem o passe, extinto com a Lei Pelé, os clubes só têm direito sobre os atletas durante o prazo do contrato. Como o acordo de formação, com menores de 18 anos, só pode ter no máximo três anos, o risco é enorme para aos clubes. Um jogador profissionalizado aos 16 anos pode se ver livre do vínculo já aos 19 anos.
Aí entra outra reclamação, contra o poder dos empresários e agentes de atletas. Segundo o advogado do Coritiba, Fernando Barrinuevo, essa relação tem prejudicado os clubes. "Um jogador que tem apenas mais um ano de contrato muitas vezes se recusa a conversar sobre uma renovação porque um agente já recebeu dinheiro para levá-lo para outro lugar no fim do contrato", explicou. "E o clube fica sem receber nada", complementou. Aumentar a duração dos vínculos ou reforçar o direito de preferência do clube seriam algumas opções estudadas pela comissão para resolver o problema.
Celso Rodrigues também reclama. Segundo ele, antes da Lei Pelé, os jogadores eram considerados escravos dos clubes; agora, os clubes são escravos dos empresários. A vulnerabilidade das associações desportivas acabam levando a parcerias pouco valiosas para o país. "Você acha que existe o Corinthians? Hoje é Kia FC. Tanto que os dirigentes do clube estão em Londres tentando resolver os problemas", exemplificou, lembrando que as negociações de Tevez e Macherano não renderam frutos para o atual campeão nacional. Segundo ele, o atual Brasileiro é um torneio comum, sem craques, em boa parte em conseqüência do que a legislação faz.
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