Não há entrevista mais concorrida hoje na Fórmula 1 que a de Michael Schumacher. A volta do piloto de melhores estatísticas de todos os tempos à competição, agora pela Mercedes, parece reunir mais interesse que a luta pela liderança do campeonato, por exemplo, entre Fernando Alonso e Felipe Massa, da Ferrari.
Ontem, no circuito de Sepang, na Malásia, Schumacher de novo transformou o encontro com a imprensa numa espécie de explicação oficial sobre a nova derrota para o companheiro de Mercedes, Nico Rosberg, na prova de domingo, na Austrália. O problema para Schumacher é que já é a segunda vez que isso acontece, o que ele e quase ninguém esperava.
Com toda certeza, o alemão de 41 anos que fala hoje sempre em tom professoral, demonstrando uma paciência com os jornalistas que não tinha quando deixou a Fórmula 1, no fim de 2006, vai tentar de tudo na classificação do GP da Malásia para pela primeira vez ficar na frente de Rosberg e evitar situações constrangedoras como a de ontem, em especial, para um piloto sete vezes campeão do mundo.
A Mercedes tem várias novidades nos carros de Schumacher e Rosberg no GP da Malásia, a fim de reduzir a diferença para Red Bull, Ferrari e McLaren, conforme ficou evidente em Bahrein e Austrália. Mas o ocorrido em Melbourne, principalmente o desempenho abaixo do esperado por Schumacher, ainda repercute na Fórmula 1. A pergunta era inevitável e o piloto da Mercedes teve de respondê-la nesta quinta: Alonso também caiu lá para trás, por ter rodado na primeira curva, e acabou em quarto. Schumacher foi 10.º, depois de se envolver no acidente da largada e ter de trocar o aerofólio dianteiro.
"Não é a mesma coisa. Eu fiquei preso no tráfego. Ele realizou o melhor trabalho da corrida, mas sua condição era diferente da minha", disse o alemão.
Os números da disputa com Rosberg, a melhor referência para compreender seu trabalho, também reforçam a impressão de que Schumacher ainda necessita de um tempo para se impor como antes. Depois de duas etapas, Rosberg soma 20 pontos, e ele, apenas 9. "Tudo isso foi previsto por mim antes de o campeonato começar. Eu ainda estou me acostumando com esses carros e há três equipes hoje na nossa frente", afirmou Schumacher.
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