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Rio – Desde o início dos anos 80, o Bangu tem a crise como rotina. Sem dinheiro, o time de futebol vai se equilibrando como pode, enquanto o patrimônio centenário do clube acaba sofrendo as conseqüências mais graveis.

A sede social, tombada pelo município em 1990, transformou-se num grande shopping popular acolhido em instalações precárias, com seus espaços alugados para feiras de artesanato, estacionamento, restaurante etc. Do clube mesmo, apenas os azulejos na parede com o distintivo, um painel que lembra as conquistas e a bandeira encardida na fachada.

Do outro lado do bairro, o estádio de Moça Bonita também vive situação parecida. Fundado em 1947, o campo está longe das melhores condições, mas, apesar da falta de pintura, das instalações acanhadas e do gramado um pouco alto e irregular, é capaz de abrigar sem maiores problemas as partidas do Bangu. No bar, localizado abaixo das arquibancadas sociais, uma frase pintada na parede dá bem a medida do que vem acontecendo com o clube: "Culpados são os que se escondem e não aparecem na hora precisa", Castor de Andrade, junho de 1990.

"A atual situação do Bangu é a mesma de todos os times do Rio, incluindo os grandes", declara a presidente Rita de Cássia Trindade, à frente do clube desde 2004, com mandato que se encerra em dezembro. "Os clubes do interior estão se sobressaindo, pois têm o apoio das prefeituras das cidades, o que não tem como acontecer na capital", completa. (AP)

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