Além de não ter remédios básicos, como analgésicos e anti-inflamatórios, sendo obrigado a usar amostras grátis ou depender de compras feitas pelos próprios médicos, o Paraná sofre com a falta de um plano de saúde para jogadores e funcionários. Como consequência, atletas podem ter de realizar tratamentos no Serviço Único de Saúde (SUS).
Quem costumava "quebrar o galho" para o clube era Jonathan Zaze, coordenador médico que pediu desligamento do Tricolor na última segunda-feira com reclamações da estrutura oferecida pelo clube. Ele realiza atendimentos no Hospital Nossa Senhora de Pilar, no bairro Bom Retiro, e em muitos casos encaminhava jogadores paranistas ao local, evitando que eles fossem para Unidades de Saúde, via SUS.
Foi o que aconteceu com o lateral-esquerdo Bruninho no domingo passado. Ainda no primeiro tempo do clássico contra o Atlético, na Arena da Baixada, o ala disputou uma bola aérea com o atacante Júnior de Barros, perto da linha lateral, e levou a pior. Ele sofreu um trauma e teve de ser imobilizado com um colar cervical.
Bruninho foi encaminhado diretamente para o hospital onde Zaze trabalha. O atleta não teve de esperar na enfermaria, fez dois exames de tomografia, que custam aproximadamente R$ 750 cada, e nada foi constatado. O pagamento por isso, entretanto, não veio do clube.
"Eu mesmo tive de pagar. Isso era normal já. Agora outro médico [que for contratado pelo Paraná], pode ter dificuldades nesses casos de urgências", alerta Zaze, que explica que essa prática se tornou padrão desde maio do ano passado, quando ele se tornou o único médico do clube.
Sem a presença do profissional, não se sabe como serão realizados procedimentos futuros. O zagueiro Renan, por exemplo, terá de passar por um procedimento cirúrgico após sofrer uma lesão de menisco, no joelho direito, no jogo diante do Cascavel, na Vila Capanema, na segunda rodada do Campeonato Paranaense. O jovem atleta, de 18 anos, contudo, ainda não sabe quando vai passar por cirurgia e iniciar o tratamento para retornar aos gramados.
"Falei da necessidade de cirurgia para a diretoria e eles falaram que avisariam do próximo passo. Até eu sair, não havia nada de novo na questão. Essa demora vem desde a semana passada", conta Zaze.
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