Veja que após 16 partidas, o Paraná achou seu "onze" ideal| Foto:

A goleada sobre o Bragantino, por 4 a 1, teve dupla utilidade na Vila Capanema. Primeiro, serviu para recuperar o Paraná, que vinha de duas derrotas, para ABC e Duque de Ca­­xias. De­­pois, parece ter, definitivamente, ajustado a equipe.

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À frente do clube há sete jo­­gos, o técnico Sérgio Soares en­­controu "o melhor Tricolor" na terça-feira. Escalação definida após 16 compromissos pela Série B – nove deles com Zetti – graças às mexidas táticas, contratações e uma ajudinha dos "deuses da bola".

"Acredito que achei a formação ideal. As peças estão se encaixando e devagar vamos nos encorpando. Fomos muito bem na partida. Mas temos de ter os pés no chão e não permitir novas oscilações", declara o técnico. Ontem ele foi especulado para substituir Paulo Bonamigo na Portuguesa, mas não deve deixar o Durival Britto.

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Logo em seguida à estreia desastrosa (goleada do Atlético-GO por 5 a 0), Soares fez a alteração que proporcionou boa parte do crescimento do Paraná na competição. Por considerar a equipe vulnerável, trocou o sistema 4–4–2 pelo 3–5–2. Com três zagueiros, deixou o time mais seguro.

"Deu mais proteção ao nosso goleiro, pois com um zagueiro a mais a bola chega menos lá atrás. Além disso, o sistema dá liberdade aos nossos laterais", afirma o zagueiro Gabriel, um dos destaques do time.

Compõem também esse Paraná mais confiável dois reforços de última hora. O zagueiro Dedimar desembarcou na Vila Capanema há pouco mais de duas semanas. Ele é o homem de confiança de Soares em campo e um líbero experiente.

O atacante Adriano estreou di­­ante do Bragantino. Com boa mo­­­­vimentação e presença ofensiva (é alto e forte, 1,85 m e 83 kg), parece já ter roubado a camisa 9 que pertencia à Alex Afonso e poderia ser de Wellington Silva.

Coube ao "destino" completar esse Paraná. Esquecido durante todo o início de competição, o zagueiro Élton fez seu primeiro jogo na vitória sobre o Guarani (2 a 1). Porém, a boa atuação sobre o então líder e invicto não bastou.

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Foi preciso Dirley ir mal (fez um pênalti tolo diante do Duque de Caxias) e Aderaldo ser mais uma vez expulso (também frente aos cariocas) para Élton ter nova chance. Oportunidade não desperdiçada na terça-feira. "Ele se comportou bem mais uma vez e será mantido", elogia Soares.

Confiança nesse novo time que já faz o treinador planejar variações para a sequência da Série B. Quando necessitar de mais ofensividade, o Paraná pode voltar a atuar no esquema 4–4–2, para encaixar o meia Rafinha entre os titulares.

Como Adriano, ele também estreou na terça e deu dinâmica à meia-cancha. "Com Rafinha e Da­­vi ficaríamos vulneráveis. Teríamos de fazer uma linha de quatro jogadores mais atrás. É uma alternativa, mas por enquanto vamos ficar nessa formação", co­­menta o treinador.