La Paz (AE) – Quando o jogo tem poucas emoções, o autor do gol é sempre o mais notado do time. Não foi diferente com Juninho Pernambucano no empate da seleção brasileira diante da Bolívia, em La Paz. Seu talento nas bolas paradas foi fundamental para o resultado. Aos 24 minutos, aproveitou bem a falta sofrida por Robinho e, com um chute de direita forte e preciso, acertou o ângulo do goleiro Arias. "É sempre bom fazer gols, tenho feito mais pelo clube do que pela seleção", observou o jogador do Lyon, da França.

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Pelo que mostrou enquanto esteve em campo, Juninho Pernambucano é o que melhor aproveitou a chance para acabar com as últimas dúvidas que o técnico Carlos Alberto Parreira tinha para definir o elenco que vai ao Mundial da Alemanha. A vaga praticamente assegurada no grupo coincide com um dos melhores momentos da carreira. Revelado pelo Sport e com excelente passagem pelo Vasco, Juninho é líder do Lyon, tetracampeão francês, e festejou seu 35.º jogo pela seleção brasileira.

O gol marcado contra os bolivianos foi o segundo Juninho Pernambucano pela seleção. O primeiro também havia sido numa cobrança de falta, na vitória por 3 a 0 sobre a Grécia, pela Copa das Confederações, em Leipzig, na Alemanha.

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Como todo o time, ontem Juninho foi mais eficiente na etapa inicial. O meia procurou se movimentar bastante e apareceu diversas vezes no ataque. Foi a melhor opção – pouco explorada, é verdade – para as tabelas rápidas com Ricardinho e Robinho. A baixa produção dos companheiros também prejudicou o desempenho do meia. Como Cicinho apresentou futebol abaixo da crítica, Juninho era a única peça eficiente pelo lado direito.

Além da falta que originou o gol brasileiro, Juninho também foi importante nas cobranças de escanteio. Num deles, colocou na cabeça do zagueiro Roque Júnior, mas a bola passou à direita de Arias.

Na avaliação do técnico Carlos Alberto Parreira, Juninho precisou ser substituído no segundo tempo porque "já não agüentava mais correr". Aos 34 minutos, Júlio Baptista entrou em seu lugar "e deu mais vigor ao meio-de-campo." Mas Juninho garante que não sentiu tanto o cansaço e a altitude de La Paz. "Nos primeiros minutos, foi mais difícil, mas quando chegamos ao intervalo, eu já estava mais adaptado", contou.