Chaves do jogo
Esfriada providencial
O Atlético havia acabado de sofrer o empate e pressionava o Grêmio Prudente quando o árbitro Renato Cardoso da Conceição teve um mal-estar. Os 10 minutos necessários para o atendimento permitiram à equipe paulista se reorganizar, dificultando a vida atleticana.
Trave salva duas vezes
Totalmente lançado ao ataque, o Furacão foi salvo duas vezes pela trave. Na falha de Manoel e João Carlos, que saiu mal do gol; outra, em um arremate a distância de Roberto, que venceu o goleiro e esbarrou no poste.
Desistir, jamais!
Na base do coração, o Atlético conseguiu o triunfo quando já parecia liquidada a fatura, aos 47 minutos da segunda etapa. Novamente no final e por placar apertado o Rubro-Negro conseguiu o triunfo na base da raça. O gol veio no chuverinho, a tática do desespero.
Craque
Paulo Baier
Ele sempre salva o Atlético. Em um jogo duríssimo, Baier abriu o marcador e comandou o Furacão em campo. Perdeu um gol feito já depois dos 40, mas brilhou aos 47, ao desviar a bola para a rede, de cabeça.
Bonde
Wesley
O atacante do Grêmio Prudente não pegou na bola nos 25 minutos em que esteve em campo. Em uma disputa com Manoel, agrediu-o covardemente e levou o vermelho ainda na primeira etapa.
Guerreiro
Roberto
Mesmo com o time rebaixado, o ex-volante do Atlético deu sangue em campo pelo Prudente. Marcou em cima, correu e se esforçou, mas não foi o suficiente para evitar a vitória rubro-negra.
O Atlético teve uma semana perfeita. No sábado, viu tropeçarem Grêmio e Cruzeiro, dois concorrentes à vaga pela Libertadores na quarta-feira, outro, o Botafogo, já havia enroscado. E ontem à noite, na Baixada, venceu por 2 a 1 o Prudente, de forma absolutamente dramática, com gol aos 47 minutos do segundo tempo. Pra variar, marcado por Paulo Baier.
Minutos antes de anotar o gol de cabeça que valeu a entrada no G4, o maestro atleticano havia desperdiçado chance incrível. No entanto, em seguida, ele mostrou o porquê de ser a principal referência do clube nos últimos tempos e ídolo da torcida.
"Venho fazendo o melhor, pois preciso renovar o contrato. Antes, a hora que eu fui dar a chapada, a bola quicou e foi por cima. Mas sabia que teria uma outra oportunidade. Sou abençoado por Deus", declarou o meia, que ontem completou 60 jogos vestindo a camisa do Furacão.
Agora, com 56 pontos, em quarto lugar, o Rubro-Negro depende apenas de suas forças para manter-se na posição que dá a vaga caso Palmeiras ou Goiás não conquistem a Sul-Americana. Entretanto, com a derrota da Raposa, a terceira colocação está a somente quatro pontos de distância. Restam três partidas, diante de Grêmio, Ceará e Avaí.
"É luta, não tem jeito. Se fosse fácil...", comentou o técnico Sérgio Soares, completamente rouco, ao final dos 90 minutos. "Uma vitória da dedicação. Do jeito que foi estamos de parabéns. O gostinho é melhor da vitória pela luta do time todo", completou o zagueiro Rhodolfo.
Resultado que parecia tranquilo na etapa inicial, que acabou marcada por lances inusitados. Até os 31 minutos, tudo corria normalmente no encontro entre um time brigando pela Libertadores e outro virtualmente rebaixado descenso confirmado com a derrota. O Atlético vencia com gol de Paulo Baier cobrando pênalti.
Até Willian empatar, quando os visitantes já atuavam com um jogador a menos, graças à expulsão de Wesley, aos 25 minutos. Em seguida, o árbitro Renato Cardoso contundiu-se e o jogo parou por mais de 10 minutos.
Para o segundo tempo, o Atlético não conseguia controlar a ansiedade. Na pressa, errava demais e via uma equipe inferiorizada numericamente levar a melhor. Como tem sido frequente, pesava a falta de qualidade das peças ofensivas atleticanas. Restou ao craque dar números finais, quando parecia não mais haver esperança.
No sábado que vem, o Rubro-Negro vai a Porto Alegre enfrentar o Grêmio, em confronto direto pela Libertadores. "O Grêmio é favorito, mas vamos lá surpreender", disse o meia Branquinho.
Deixe sua opinião