A Standard & Poor´s acredita que o Brasil terá de gastar até US$ 500 bilhões nos próximos cinco anos em áreas como transportes, estádios esportivos, usinas de energia, tratamento de água e projetos offshore de petróleo. Em relatório sobre o setor de infraestrutura do Brasil, a agência afirma que, como sede da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, o Brasil terá de ampliar sensivelmente sua infraestrutura.
Ao questionar de onde o dinheiro virá, a S&P lembra que, nos últimos dois anos, o Brasil financiou projetos prioritários de infraestrutura com a ajuda do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de recursos garantidos pelos BNDES ou por meio da participação significativa de estatais como a Eletrobras.
Mas o relatório pondera que, dado o imenso número de projetos necessários para os próximos anos, o Brasil provavelmente terá de encontrar formas alternativas de desenvolver e financiar toda a nova infraestrutura, como parcerias público-privadas.
Enquanto o financiamento com crédito de instituições do governo permitiu que o País fizesse investimentos durante tempos econômicos voláteis e serviu como medida contracíclica para evitar desaceleração na economia brasileira, esta alternativa, na opinião da S&P, tem limitações. O documento cita o crescimento dos passivos nos bancos públicos e o aumento no encargo da dívida do País, que aumentariam vulnerabilidades fiscais.
Após afirmar que os investidores terão como um grande desafio cumprir os apertados prazos para a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas, a agência afirma que, por sua experiência em mercados globais, a securitização de receitas futuras podem ser alternativas atrativas para o Brasil. As informações são da Dow Jones.
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