A fumaça produzida pelo Green Hell era marca registrada da torcida do alviverde antes do quebra-quebra de 6 de dezembro de 2009| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

Um mês depois, legado do Atletiba é tímido

Hoje completa um mês do Atletiba mais violento da década. Em 25 de outubro, o clássico de número 341 teve de saldo uma morte, 28 ônibus danificados, confusões entre as duas torcidas em pelo menos 14 pontos de Curitiba e região metropolitana (principalmente nos terminais de ônibus) e R$ 6,3 mil em danos ao patrimônio público. Desde então, muito se falou, pouco se fez.

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Autoajuda ganha força no Atlético

"Os fracos têm problemas. Os fortes têm a solução" ou "Um vencedor nunca desiste. Quem desiste nunca é vencedor." Ontem, após o almoço, os jogadores do Atlético receberam frases como as citadas acima dentro de bombons de chocolate distribuídos pela nutricionista do clube, Cristiane Carvalho.

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Mercado

Venda de Ken só depende dos advogados

Está nas mãos dos advogados de Coritiba e Cruzeiro a oficialização da transferência do meia Pedro Ken para a Toca da Raposa. Ontem, foi finalizada a negociação entre os clubes, os empresários do jogador e a Traffic. A empresa irá desembolsar cerca de R$ 2 milhões por 45% dos direitos do jogador – o clube segue com 15%. O pagamento será feito dentro dos termos desejados pelo Coxa, metade na assinatura do acordo e a outra metade em 30 dias.

Pedro Ken assinará contrato de cinco anos com o time celeste e se apresenta no início do ano que vem. Domingo, curiosamente, ele precisa ajudar o Coritiba a vencer os mineiros para evitar o rebaixamento do seu clube atual – resultado que afastaria sua próxima equipe da disputa da Libertadores em 2010.

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Por algumas horas, o Coritiba correu sério risco de enfrentar o Flu­­minense longe do Couto Pereira. Pe­­la fumaça verde do Green Hell, que fez a partida contra o Atlético-MG (14/11) ser paralisada por um mi­­nuto e meio na volta do intervalo, o Alviverde foi denunciado no STJD no artigo 213, que prevê multa e perda do mando de campo de uma a dez partidas, no começo da tarde de ontem.

O processo chegou a ser enviado ao presidente em exercício do tribunal, Virgílio da Costa Val, que estava pronto para repassá-lo a um relator. A data do julgamento estava marcada: sexta-feira. Mas na úl­­tima hora a procuradoria do órgão fez uma retificação e excluiu o Co­­xa da denúncia.

Tudo foi feito às pressas, por te­­lefone, e resolvido pelo procurador-geral Paulo Schmitt. A acusação se baseava no relato do árbitro Paulo César Oliveira na súmula da partida contra o Galo. Schmitt fi­­cou sabendo pelo telefonema da Ga­­zeta do Povo, confirmou o fato, mas achou exagerado demais para ser levado adiante.

"Foi um fato atípico. Não houve nenhum caso de denúncia por fu­­maça este ano. Para o ano que vem até podemos repensar isso. Mas agora retificamos a denúncia e ex­­cluímos o Coritiba dela", afirmou.

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Ele atendia a ligações simultâneas e, entre as declarações para re­­­­portagem, ia orientando o autor do processo: "Mande uma nova in­­timação, só com o atleta (Benitez, za­­gueiro do Galo expulso)", dizia.

A informação da denúncia do Alviverde havia sido confirmada pela secretária do STJD, que não quis revelar o nome do procurador que cometeu o "equívoco", segundo definição de Schmitt.

"Identificamos o equívoco no prazo legal, que era hoje (ontem). A denúncia foi feita hoje (ontem), fizemos a intimação e depois a de­­sintimação", afirmou o procurador-geral, que mateve o nome sob sigilo. "Não importa (quem fez). Tenho 23 procuradores e isso (revelá-lo) só serviria para tumultuar."

No Coritiba, a ameaça só foi re­­cebida depois que o susto havia pas­­sado. O diretor de futebol do clu­­be, João Carlos Vialle, demonstrou um misto de surpresa e alívio. "Se fôssemos julgados pela fumaça, iam ter de começar a punir pela neblina, ou por foguete atirado do lado de fora do estádio. Mas ele (Paulo Schmitt) foi um cara de bom senso", disse.