A selvageria protagonizada pelos torcedores do Coritiba após a partida que definiu o rebaixamento do time à Série B deve custar caro para o clube na esfera esportiva. As cenas de violência no gramado foram definidas como "grotescas e lamentáveis" por Paulo Schmitt, procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). É possível que o episódio renda a interdição cautelar do Couto Pereira.
A medida já foi tomada pelo STJD em dois casos emblemáticos: na Fonte Nova, em 2007, quando, após o desabamento de parte da arquibancada, sete torcedores morreram e outros 40 ficaram feridos; e na invasão este ano do vestiário da Portuguesa por dois conselheiros do clube e dois seguranças.
De acordo com Schmitt, hoje haverá uma reunião na sede do STJD, no Rio, para fazer um balanço da última rodada do torneio nacional. Nessa oportunidade serão definidas e anunciadas as medidas contra o time paranaense.
Além da provável interdição cautelar, possivelmente pesará contra o Coritiba o descumprimento dois artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD): o 211 (deixar de manter o local que tenha indicado para realização do evento com infra-estrutura necessária a assegurar plena garantia e segurança para sua realização) e o 213 (deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto). Somadas as penas, a multa pode chegar à R$ 210 mil, além da perda de mando de campo por até 10 partidas.
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