O Paranaense de juniores, com início marcado para agosto, tornou-se um verdadeiro garimpo. São 29 clubes inscritos na disputa, mas apenas 18 têm compromisso com o futebol profissional os demais são clubes de empresários.
Ao olhar nomes como Andraus e Olimpo, o torcedor não imagina grande coisa à primeira vista. Mas os times que têm como objetivo declarado a formação e a negociação de jogadores deixam até mesmo clubes grandes no chinelo no quesito estrutura.
O Andraus, da mesma empresa que administra a linha do Ferry Boat entre Caiobá e Guaratuba, é um exemplo emblemático. Tem um CT com alojamento para 35 pessoas, com vestiários para equipes visitantes e arquibancadas pra 600 pessoas, na BR 277, em Campo Largo.Utiliza três campos de treinamento e está construindo mais dois. Os jogadores que lá treinam, ainda têm uma área de lazer, com tanque e churrasqueira.
E mais: o clube tem licença profissional, mas por enquanto, só pretende ficar na base. "Tem licença, mas não disputamos ainda. A gente está tentando formar uma base boa, mas no futuro temos intenção", conta o presidente Ricardo de Souza.
Na linha do Andraus está o Olimpo, fundado em fevereiro deste ano. A idéia é negociar jogadores, mas a diferença fundamental é que o time que tem sede no Umbará e manda jogos em São José dos Pinhais, não tem licença profissional. "Não queremos fazer nada de afogadilho", conta o presidente da equipe, Rodrigo Faucz.
A maioria dos atletas do Olimpo é descoberta em Curitiba mesmo. O clube realiza peneiras constantes. Os estados vizinhos, São Paulo e Santa Catarina, também são pesquisados. "Se um jogador é indicado, passa por avaliação e exames antes de ficar", diz o coordenador técnico da equipe, Eduardo Destri.
O Olimpo tem empresários que negociam os atletas na Itália e uma equipe que prepara DVDs dos atletas para negociação. Por enquanto, a saída é local. O último negociado foi o atacante Fabiano, com o J. Malucelli. No Andraus, algumas revelações já apareceram em grandes clubes. O zagueiro Douglão, ex-Coritiba e hoje no Inter, e o atacante Alemão, outro ex-Coxa, ainda têm ligações com o clube.
Mas nem tudo são flores. Souza conta que é difícil manter a estrutura e conciliar o desempenho com os interesses. "É bem complicado, tem muita gente ruim no meio, o mercado é inchado, e tudo é muito caro".
Ele ainda levantou suspeitas sobre as arbitragens da Copa Tribuna, na qual o Andraus ficou em terceiro. "Quem sabe agora, mudando o presidente da FPF, melhora alguma coisa", disparou.
Vender jogadores para o exterior é o principal foco, mas nenhuma venda é desperdiçada. "Sempre o melhor mercado é o externo, mas estamos dentro de qualquer negociação", diz Ricardo de Souza.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas
Deixe sua opinião