Avaliando tecnicamente, há condições de absolvição. Após a primeira reunião, no sábado, foi esta a conclusão da comissão de advogados do Coritiba ao estudar a denúncia que levará o clube a julgamento amanhã, no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), por causa da selvageria no Couto Pereira.

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"Existe base técnica para livrar o clube, diante da interpretação dos dispositivos aplicados pela procuradoria do tribunal", afirma o advogado Júlio Brotto, que, ao lado de Gustavo Nadalin, diretor jurídico do Alviverde, e de Fran­cisco Zardo, forma o grupo engajado na defesa, liderado por René Dotti.

A denúncia do procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, incluiu o Coritiba nos artigos 211, 213 e 233 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, e pediu punição de perda de 30 mandos e multa de R$ 620 mil. Os artigos tratam da responsabilidade do clube em proporcionar segurança e prevenir incidentes em sua praça esportiva. Algo que, segundo os juristas, aconteceu na última rodada do Brasileiro.

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"O clube tem todas as condições de provar que tomou as medidas necessárias de segurança. Vamos mostrar isso ao tribunal", diz Nadalin.

Comprovação que, entretanto, não garante a absolvição – afinal, são muitos os fatores envolvidos. "Será, com certeza, extremamente difícil absolver o Coritiba. O im­­pacto emocional das imagens, o fato de o Brasil ser sede de uma Co­­pa do Mundo (2014), entre outros (pesam contra)", comenta Brotto.

Na sexta-feira, em entrevista à Ga­zeta do Povo, o presidente Jair Ci­rino havia tomado posição se­­melhante. "Se até por um copo ar­­remessado em campo alguns clubes são punidos, difícil acreditar na nossa absolvição", afirmou.

Depois do primeiro contato com o tema, a comissão coritibana se encontrará mais uma vez na tarde de hoje, no escritório de Dotti, no centro de Curitiba. Em seguida, concederá entrevista coletiva, às 16h30. "Será mais uma oportunidade para conversarmos e também esclarecermos as dúvidas da torcida", diz Nadalin.

Durante a semana, o grupo já definiu que uma de suas teses será relacionar a invasão de campo e as agressões aos policiais de parte da torcida alviverde a um crime passional, que ocorre por amor.

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