A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) vai concluir em meados de agosto uma investigação a respeito de supostas ofensas do técnico da seleção, Carlos Queiroz, dirigidas a agentes antidoping antes da Copa do Mundo.
A FPF iniciou um inquérito este mês após uma denúncia de que Queiroz teria ofendido médicos responsáveis pelo antidoping durante uma visita surpresa no local de treinamento da seleção para o Mundial da África do Sul, em maio.
"O comitê disciplinar quer ouvir o treinador da seleção sobre a questão, o que não foi possível até agora uma vez que ele está no exterior", disse a FPF em comunicado, após um encontro da diretoria.
"A intenção é concluir o processo até meados de agosto. Devido à urgência da questão, o comitê já se reuniu com cinco testemunhas", acrescentou a nota.
De acordo com reportagens da imprensa local, o incidente pode custar o emprego de Queiroz, após a frustrante derrota de Portugal nas oitavas de final da Copa do Mundo para a Espanha.
Queiroz, ex-técnico do Real Madrid, tem mais dois anos de contrato com a seleção.
Em entrevista concedida à emissora de tevê RTP nesta sexta, Queiroz disse que o inquérito estava sendo tratado de forma errada, acrescentando que ele é "vítima de um linchamento público... num assunto que nem mesmo fui ouvido".
O treinador não referiu-se diretamente à possibilidade de ser demitido, mas disse que pode recorrer à Fifa se houver irregularidades na investigação.
Queiroz acrescentou que acredita ainda ter o apoio do presidente da FPF, Gilberto Madail, porque agiu pelo interesse da seleção.
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