O técnico do Paraguai, o argentino Gerardo Martino, que já declarara no domingo (17) que o Brasil havia merecido vencer o jogo em La Plata, voltou a mostrar nesta segunda-feira (18) que tem ciência das limitações da sua equipe. Tanto que nem após eliminar o atual bicampeão o treinador colocou seu time como favorito ao título.
"Se tem algo que somos é realistas. Nos últimos quatro anos e meio, perdemos para Qatar, África do Sul e Honduras. Em nenhum ponto de vista nos consideramos favoritos, tamanha a paridade que oferece a Copa América. Mas faremos o impossível para atingir o objetivo, que é jogar a final no domingo", disse o treinador, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira.
Respondendo às críticas de que o time não vem jogando bem e contou com a sorte para chegar às semifinais, Martino lembrou que esta é a realidade de sua equipe. "Nós não somos o Barcelona. Às vezes pressionamos, às vezes nos dominam. Não jogamos as partidas com oitenta por cento de posse de bola".
O treinador argentino, porém, negou que a seleção paraguaia só pense em se defender. "Eu estou seguro que não vou dominar uma grande porcentagem da partida, mas nunca renunciamos a ter o protagonismo de um jogo".
Na semifinal, o Paraguai vai reencontrar a Venezuela, com quem empatou em 3 a 3 na última rodada da fase de grupos, sofrendo dois gols nos quatro últimos minutos da partida. Martino mostrou conhecer bem seu adversário: "É a partida mais importante que podemos jogar. A Venezuela tem uma forma de jogo, primeiro em nível coletivo, que já é muito conhecida, com dois atacantes centrais, sendo um mais de área, dois meio-campistas de marcação e de boa categoria e um bom chute a média distância", avaliou o treinador, que depois completou: "Ah... e o jogo aéreo. Trabalham muito bem a bola parada."
Ele sabe que se seu time atuar como contra o Brasil, corre sério risco de ser eliminado. "A única maneira de ganhar é melhorar futebolisticamente." Lembrou, porém, que só jogar bem não adianta. "Os quatro eliminados tiveram mais méritos para ficar e os que passaram fizeram menos", lembrou.
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