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Os nove anos entre idas e vindas ao Brasil deixaram o técnico Alejo José Morales incorformado com o descrédito do esporte no país onde ele decidiu viver. "Cuba, uma ilha habitada por 10 milhões de pessoas, é campeã pan-americana da luta olímpica. Não dá para aceitar o fato de um país como o Brasil, que tem 193 milhões de habitantes resultantes de uma linda miscigenação e possui uma agricultura muito desenvolvida e ótimo clima, ainda não possuir as bases para o progresso de um esporte de fácil inclusão como esse", ressalta Morales, que, atualmente, além de treinar atletas da seleção brasileira também trabalha como professor visitante na UFPR.

A experiência vivenciada na ilha caribenha – que rivaliza com os Estados Unidos a hegemonia da luta olímpica nas Américas – instigou o treinador a transformar seu inconformismo em desafio: ajudar a revolucionar a luta olímpica no Brasil, onde esse esporte ainda é pouco praticado. Segundo o técnico, para impulsionar a modalidade é preciso massificar a sua prática.

"Essa é a melhor forma de forjar novos talentos", diz Morales, que ainda aponta aquele que, para ele, deve ser o principal foco para a difusão da luta. "As universidades são as melhores fontes de profissionais preparados para disseminar a luta nas escolas da rede pública", explica. De acordo com ele, essa é uma das razões que transformaram a pequena ilha de Fidel em uma grande potência esportiva. "Em Cuba há um projeto pedagógico que desenvolve todos os esportes olímpicos junto às escolas, no contraturno escolar", destaca. (FM)

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