Hora de definir a meta na Vila
O Paraná recebe hoje o Duque de Caxias para definir o que pretende fazer nas demais 15 rodadas do campeonato. Se ganhar, pode voltar a sonhar com o acesso.
Hoje, diante do Duque de Caxias, às 21h50, na Vila Capanema, o Paraná tenta novamente se afastar da zona de rebaixamento. Na 12.ª colocação na Série B, com 28 pontos, apenas quatro a mais do que o Santo André, primeira equipe na área de degola, o Tricolor segue instável no segundo turno. Em quatro partidas, somou apenas 5 dos 12 pontos aproveitamento de 41,6%.
Se em campo a estabilidade persiste, no banco o técnico Marcelo Oliveira chega a uma marca importante. Nos últimos dez anos, é o segundo treinador há mais tempo no comando tricolor. Com oito meses à frente do Paraná, Oliveira perde apenas para Paulo Bonamigo, que esteve no comando do time por 16 meses (2001/02 e 2008). Em entrevista, Oliveira aponta dois problemas que atrapalharam a equipe na disputa: o atraso salarial na parada da Copa e a pouca experiência do elenco.
Nos últimos dez anos, você é o segundo treinador com mais tempo no comando do Paraná. A que você credita isso?
Entendo que não seja tanto tempo para implantação de um projeto de fato. Mas estou contrariando a cultura futebolística do Brasil, que é de o treinador ficar pouco tempo. Credito isso ao ambiente bom. O que me fortalece é termos um bom grupo. A única coisa que me entristece é não estarmos tão bem na competição.
Tanto você, quanto os jogadores vêm enfatizando que o grupo é bom e não há problemas de relacionamento. O que falta para contornar os maus resultados?
Vamos fazer isso pelo trabalho, orientando os jogadores para chegarmos a uma estabilidade, inclusive emocional. Até porque o projeto do Paraná foi em cima de muitos jogadores que nunca haviam jogado um Brasileiro. Essa falta de experiência tem feito diferença. Mas é possível extrair muita coisa boa do elenco, que é guerreiro.
Os 40 dias da parada da Copa influenciaram?
Nossa mobilização para a intertemporada foi ruim porque culminou com o atraso de salários. Poderíamos ter agregado mais se não estivéssemos nessa condição.
Existe outro fator, além da inexperiência do elenco, para essa instabilidade?
Tivemos muitos problemas de lesões. Um dos nossos grandes problemas tem sido a falta de reposição. E o mercado está restrito para contratações, além do que, temos que seguir o orçamento do clube.
No próximo dia 30 encerra-se o prazo de transferências internas. Você tem conversado com a diretoria para trazer reforços?
Sim. Mas prefiro deixar esse assunto no âmbito interno.
O vice-presidente de futebol, Aramis Tissot, disse que alguns jogadores não tinham condições de vestir a camisa do Paraná. Isso deixou o grupo tenso?
Foi uma decisão dele dizer isso. Estamos todos chateados pelos últimos resultados, mas entendo que a diretoria é soberana. Cabe a mim escalar o time.
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Curitiba, 21h50
Paraná
Juninho; Irineu, Alessandro Lopes e Luiz Henrique; Murilo, Chicão, Serginho Catarinense, Wanderson e Kim; Willian e Anderson Aquino.
Técnico: Marcelo Oliveira
Duque de Caxias
Sílvio Luiz (Elivelton); Marquinho, Gustavo, Édson e Carlão; Mancuso, Leandro Teixeira, Xaves e Leandro Chaves; Geovane Maranhão (Léo Guerreiro) e Somália.
Técnico: Gílson Kleina
Estádio: Vila Capanema. Árbitro: Edmundo Alves do Nascimento (SC). Auxs.: Luís Alberto Kallenberger (SC) e Rosnei Hoffmann Scherer (SC)
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