Tapume é instalado em um restaurante na Avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte: medo de quebra-quebra se repita| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo

Manifestação fará Mineirão abrir mais cedo

A organização de uma manifestação que promete parar Belo Horizonte antes do jogo entre Brasil e Uruguai fez o Comitê Organizador Local (COL) decidir antecipar em uma hora a abertura dos portões do Mineirão na comparação com os jogos da primeira fase.

O protesto, que está marcado para começar ao meio-dia na Praça Sete de Setembro e seguir em marcha de quase 10km até o estádio espera reunir pelo menos 100 mil pessoas, público até maior do que o causou grande transtorno antes do confronto entre Taiti e Nigéria, no domingo.

Ao abrir os portões do Mineirão ao meio-dia, o COL dá a possibilidade de os torcedores chegarem mais cedo ao estádio e conseguirem entrar antes de a passeata chegar até lá. Será feriado em Belo Horizonte na quarta-feira, o que deve permitir que um maior número de pessoas participe dos protestos.

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Placas da Fifa no caminho do Mineirão foram danificadas por manifestantes
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Temendo uma nova onda de quebra-quebra nesta quarta-feira, quando o Brasil enfrenta o Uruguai no Mineirão pela semifinal da Copa das Confederações, comerciantes de Belo Horizonte estão protegendo a fachada de seus estabelecimentos com tapumes de madeira.

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A precaução acontece na Avenida Afonso Pena, principal via da cidade e que tem concentrado os manifestantes dos protestos dos últimos dias, e na Avenida Antônio Carlos, que dá acesso ao Mineirão e que concentra um grande número de agências bancárias e concessionárias de veículos, cujas fachadas foram depredadas.

No último sábado, uma multidão de aproximadamente 60 mil tomou as ruas da capital mineira para protestar contra os gastos na Copa das Confederações e no Mundial de 2014. Ao tentar caminhar na direção do Mineirão durante a partida entre México e Japão, os manifestantes entraram em confronto com a Polícia Militar. O resultado foi um rastro de danos pela cidade, com vitrines de lojas destruídas e prejuízo com saques.

Na Avenida Antônio Carlos ainda há um rastro da destruição. Praticamente todos os cartazes da Fifa presos nos postes da avenida foram rasgados. Muros foram pichados com frases contra a Copa, entre mensagens pedindo melhores condições de transporte. Lojas ainda continuam com vidros quebrados.

Na noite de segunda-feira, as forças de segurança articularam a maior operação policial da história de Minas Gerais para evitar mais confusão no jogo desta quarta. A PM terá o reforço da Força Nacional, do Exército e das polícias Civil e Federal para tentar conter possíveis distúrbios.