Toni Casagrande projeta uma administração com caras novas no Atlético| Foto: Katie Muller/ Arquivo Gazeta do Povo
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Em campanha, Petraglia mostra seu projeto Copa a conselheiros

O ex-presidente do Atlético e candidato declarado à sucessão de Marcos Malucelli, Mario Cel­­so Petraglia apresentou ontem seu projeto de ampliação e adequação da Arena da Baixada para a Copa do Mundo 2014. Durante um jantar no Clube Morgenau, com cerca de 70 conselheiros, Petraglia voltou a insistir que o clube tem condições de fazer as obras sem ter de firmar parceria com nenhuma construtora, o que forçaria o clube a dividir receitas futuras. Segunda-feira, o ex-presidente volta a apresentar proposta durante a reunião do Conselho Deliberativo.

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Enquanto parte da oposição se articula para afastar o presidente do Atlético, Marcos Malucelli, uma figura alternativa surge com o objetivo de assumir o principal cargo do clube a partir de janeiro de 2012. Personagem pouco conhecido pela torcida, o jornalista Toni Casagrande deseja representar uma nova geração à frente do Rubro-Negro.

Apesar de não se lançar oficialmente como candidato até o momento, Casagrande – que foi diretor de comunicação do Furacão entre 2004 e 2006 – articula com outros conselheiros a formação de uma chapa alternativa para bater de frente com Mario Celso Petraglia, único postulante a confirmar oficialmente inscrição no pleito de dezembro.

A precaução em relação à candidatura tem uma explicação, de acordo com a lógica do jornalista. "É cedo para pensar em campanha", diz, ao mesmo tempo em que critica a estratégia adotada por Petraglia. "É um risco a estratégia de retomada de poder que não seja via eleição. É um golpe, e que não trabalha a favor do time."

A motivação para bater chapa no final do ano não partiu como resposta apenas ao momento ruim do time na temporada, mas por uma sequência que, segundo ele, começou após o título brasileiro. "A sensação é de que desde 2001 o Atlético vive apenas de soluços. Não vivemos mais um período positivo depois disso", afirma.

A retomada de campanhas positivas, segundo ele, passaria por uma profissionalização na gestão do clube. "Do ponto de vista da administração, não temos como dizer que o Atlético está cumprindo sua missão. Não me parece que a missão do clube seja, ano após ano, estar lutando contra o rebaixamento."

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Casagrande não nega que o Rubro-Negro cresceu nos últimos anos. Só que para ele, o clube não está sabendo usar isso a favor do futebol. "O discurso era de que, para ser grande, o Atlético precisava dessa estrutura física que tem hoje. Mas essa estrutura física toda não vive sem inteligência. Falta bom gerenciamento."

O caminho apontado por Casagrande é atrair novas lideranças, com uma metodologia diferente de trabalho. "Não é possível que num universo de um milhão de atleticanos, segundo as pesquisas, não consigamos encontrar pessoas mais jovens e com outra visão de mundo para administrar o clube. É necessário renovar", resume.

Em relação à Copa do Mundo na Arena, ele acredita ser importante para o clube. Porém, com ressalvas. "Precisa ser avaliado o sacrifício financeiro para dar conta disso", comenta.