Weggis, Suíça A seleção brasileira cumpre hoje e amanhã a mais nova exigência para competições oficiais promovidas pela Fifa: os testes circulatórios e do coração em atletas.
Divididos em três grupos, os 23 convocados de Carlos Alberto Parreira irão se submeter aos exames preventivos no Swiss Paraplegic Center, em Nottwil, a aproximadamente 50 quilômetros de Weggis.
O hospital, referência internacional na reabilitação de pessoas com deficiências motoras, também se especializou no atendimento de problemas cardíacos.
"Essa fase é meramente protocolar. Fizemos inúmeras análises nos jogadores durante a fase de preparação à Copa. No entanto, a Fifa está exigindo os documentos que atestam a saúde perfeita dos profissionais", explica o cardiologista Serafim Borges, membro do corpo clinico da seleção.
As avaliações obrigatórias também servem para dar uma base à comissão técnica da atual condição atlética dos selecionados desigual devido ao ritmo de cada clube.
Neste aspecto, a preocupação recai sobre Ronaldinho Gaúcho, que vem de uma temporada estafante pelo Barcelona. Ele jogou a final da Liga dos Campeões na quarta-feira e só teve quatro dias de repouso antes da apresentação.
"Podemos preparar treinos individualizados, conforme a necessidade de cada um. Em determinados casos, o repouso pode ser um grande treinamento", explicou José Luiz Runco, chefe do departamento médico da seleção.
A Fifa oficializou a decisão de exigir laudos clínicos no início de março. Após casos de morte súbita durante partidas de futebol, a entidade se viu pressionada a tomar alguma medida cautelar. Jogos disputadas no verão e em horário impróprio o Mundial terá confrontos às 15 horas da Alemanha agravam a responsabilidade dos dirigentes.
Após os casos de Marc-Vivien Foe, de Camarões; Miklos Fehér, do Benfica; Serginho, São Caetano; e mais recentemente Hugo Cunha, do União Leiria, a entidade apresentou uma reação para se eximir de responsabilidade.
Para o evento na Alemanha, de 9 de junho a 9 de julho, as equipes médicas receberam um manual sobre medicina no futebol, desfibriladores e kits de primeiros socorros. Esses aparatos eletrônicos estarão ao alcance de todos os jogadores, funcionários e espectadores nos estádios.
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