A Argentina tem quatro vitórias em quatro partidas na Copa do Mundo, mas Alejandro Sabella admite não estar satisfeito com o desempenho da seleção. Ao mesmo tempo que demonstra certa irritação com as cobranças, reconhece que sua equipe tem potencial para mostrar bem mais.
"Não alcançamos ainda o nível que pretendemos, mas as partidas têm de ser jogadas. Independentemente das vitórias, não jogamos o que poderíamos jogar. Vencemos com resultados apertados. Buscamos a melhoria, mas está comprovado que este mundial é muito igual", explicou.
A seleção não venceu nenhuma vez por mais de um gol de diferença. Contra Irã, Messi evitou o empate nos acréscimos. Diante da Suíça, o gol saiu na prorrogação.
Um dos problemas enfrentados pela Argentina é a (falta de) qualidade com que a bola sai do meio-campo e chega aos atacantes. Não há nenhum meia com característica de armador no elenco. O que mais se aproxima disso é Maxi Rodríguez, que começou como titular diante da Bósnia. Foi substituído e não entrou mais.
Com o passar do tempo da conferência de imprensa desta sexta (4), o técnico foi mostrando impaciência com as questões táticas. Lembrou que Palacio estava fazendo o papel de meia durante a prorrogação e, por isso, roubou a bola na jogada que deu origem ao gol diante dos Suíços. Sentiu-se como se a cobrança fosse que a Argentina tem a obrigação de ser campeã.
"O problema é que sempre os argentinos acham que são mais do que são. Isso tem parte boa e parte má", disparou. "É um tema cultural."
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