Em 2003, o Santos havia acabado de encerrar um jejum de 18 anos sem grandes títulos, com a geração de Robinho e Diego levando o clube à conquista do Campeonato Brasileiro de 2002. Enquanto isso, um garoto de 11 anos brilhava em competições de futsal em Santos. Não demorou para Neymar fechar com Santos e ser apontado como sucessor de Robinho.

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Nas primeiras entrevistas, o jogador, ainda uma criança, já demonstrava a vontade de ser como o ídolo. Revelando conselhos do empresário, o mesmo de Robinho, Neymar garantia o sonho de defender 'o Barcelona ou o Real Madrid', mas o desejo de antes brilhar com a camisa do Santos.

Oito anos depois e apenas no meio de sua terceira temporada como jogador profissional, Neymar já superou Robinho, pelo menos no Santos. Conquistou o título que a torcida esperava desde 1964, para acabar de vez com a sina de que o clube vivia da história da Era Pelé. A terceira geração dos Meninos da Vila já pode ser chamada de Era Neymar.

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Apesar da estreia em março de 2009, em um jogo contra o Oeste, pelo Paulistão, pode-se dizer que a Era Neymar começou a ser desenhada em 2010. Foi no primeiro semestre daquele ano que Robinho chegou para fazer companhia ao trio de garotos que tinha ainda Ganso e André. A experiência e irreverência do agora jogador do Milan ajudou a moldar o estilo de Neymar e a situar Paulo Henrique como o cérebro do meio-campo santista.

Com o quarteto, o Santos encantou o País e faturou o Paulistão e a Copa do Brasil de 2010, se classificando para a Libertadores. A lesão da Ganso, aliada às saídas de André e Robinho. fez com que o time não brilhasse da mesma forma no Brasileirão daquele ano.

Para a Libertadores, a diretoria foi atrás de reforços pontuais. Investiu alto e trouxe Elano e Jonathan para as posições mais carentes do elenco. No gol, permitiu que Rafael se firmasse. Manteve também a experiente dupla de zaga, com Edu Dracena e Durval. Na lateral-esquerda, Léo fazia companhia a Elano como remanescente da geração de Robinho e Neymar, que falhou na tentativa de conqustar a América, em 2003.

Contratados ainda garotos, Danilo e Alex Sandro mostraram-se de confiança. O ex-jogador do América-MG, sempre eficiente seja como lateral ou volante, enquanto o lateral-esquerdo, sempre que chamado, correspondeu a altura. Apesar das lesões, Arouca foi fundamental na conquista, crescendo junto com a equipe durante a competição. Adriano, 12.º titular do time, garantia a marcação forte no meio-campo.

Na frente, o fracasso com Keirisson foi compensado com o sucesso de Zé Eduardo, que, mesmo negociado com Genoa no começo do ano, voltou ao Santos, emprestado, e foi figura importante na conquista. O grupo campeão tem ainda os goleiros Rafael e Vladimir, os zagueiros Bruno Rodrigo e Bruno Aguiar, o coringa Pará, os volantes Charles e Possebom, os meias Alan Patrick e Felipe Anderson e os atacantes Maikon Leite, Diego e Richely, além de Robson, que já deixou o clube.

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