Barcelona - Já no último domingo, no circuito da Catalunha, em Barcelona, integrantes das equipes de Fórmula 1 esperavam apenas a oficialização do cancelamento dos treinos coletivos, entre os próximos dias 3 e 6, e do GP de Bahrein, programado para o dia 13, diante da gravidade da situação política no país. Ontem, o príncipe Salman Al-Khalifa, do Bahrein, confirmou que a abertura do campeonato não será mais no seu país. A temporada passa a ter, agora, 19 etapas, e o GP da Austrália, no dia 27 de março, abre o Mundial.
"Esperamos voltar em breve ao Bahrein", afirmou Bernie Ecclestone, no seu comunicado. Mas corre o risco de não ser assim. O promotor da Fórmula 1 precisa retirar uma prova do calendário para a entrada do GP dos Estados Unidos, em 2012. E se antes, como o próprio Ecclestone adiantou, uma das duas corridas da Espanha Valência ou Barcelona , poderia ser a escolhida, agora a etapa bareinita também entrou na lista.
Para as equipes, uma etapa a menos significa uma oportunidade a menos de exposição de seus investidores. As corridas são assistidas por milhões de telespectadores, em todos os continentes. "Mas essas situações são previstas em contrato", explicou um profissional de um time grande da categoria, no circuito da Catalunha, onde nesta segunda terminou a terceira série de treinos coletivos.
E é exatamente a razão política que faz com que o organizador do GP de Bahrein não tenha de pagar a taxa do promotor, o quanto a Formula One Managent (FOM), de Ecclestone, cobra por edição da prova estima-se que, no caso do Bahrein, por se tratar de um investimento estatal e ter entrado no calendário apenas em 2004, uma dos últimas, o custo seja de US$ 35 milhões (cerca de R$ 60 milhões). É um dos raros casos de isenção de pagamento. Parte desse dinheiro é revertido para as próprias escuderias.
"Nós precisamos realizar um teste numa região quente", disse Adrian Newey, diretor-técnico da Red Bull, no último sábado, durante os testes em Barcelona. Pois esse ensaio não vai acontecer. Gary Anderson, ex-projetista da Jordan, Stewart e Jaguar, hoje comentarista, explicou no domingo: "A temperatura de asfalto mais elevada que tivemos na pré-temporada foi em Jerez, 26 graus. Mas as temperaturas normais ao longo do ano ultrapassarão os 40 e até 50 graus. O carro se comporta de maneira bem distinta".
Como o ensaio coletivo no Bahrein teria esse objetivo e foi cancelado, a Fórmula 1 realizará, agora, um teste de 8 a 11 de março em Barcelona, é provável que pilotos e equipes venham a conhecer o comportamento de seus carros, nas condições que enfrentarão ao longo do ano, apenas no circuito Albert Park, em Melbourne, já no fim de semana da primeira corrida na Austrália. "Podemos ter, sim, algumas surpresas", comentou o brasileiro Rubens Barrichello, da Williams, o mais experiente piloto da competição.
Felipe Massa
O brasileiro fechou o último dia de testes da Fórmula 1, em Barcelona, ontem, com o melhor tempo. Ele cravou a marca de 1min22s625, seguido pelo australiano Mark Webber, da Red Bull, com 1min23s442, e pelo suíço Sebastian Buemi, da Toro Rosso, com 1min23s550. O piloto da Ferrari havia sido apenas o quinto colocado pela manhã, mas nos últimos 20 minutos da parte da tarde conseguiu melhorar o seu tempo e terminar na liderança.
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