As evidências de que existe um desgaste na relação de Dunga com parte da comissão técnica da seleção são cada vez mais perceptíveis. Dono de um estilo centralizador e turrão, pouco afeito à divisão de poder, Dunga vai criando em torno de si uma atmosfera desfavorável. Já teve desavenças com homens da confiança do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e não parece disposto a reparar os danos.
O primeiro desafeto público foi o chefe da segurança da CBF, coronel Castelo Branco, figura querida na confederação e vítima de uma descompostura de Dunga na Granja Comary, em Teresópolis, pouco antes da Copa América. Por causa do acesso de fotógrafos a uma área reservada, Dunga repreendeu o coronel aos berros com termos grosseiros. Dunga também entrou em choque com o supervisor Américo Faria, hoje cada vez mais afastado das decisões da comissão técnica.
Lidar com situações adversas muitas vezes leva o gaúcho a recorrer sistematicamente à ironia para rebater os críticos. Antes da viagem para Lima, na sexta-feira, perguntaram-lhe sobre suas virtudes e defeitos na profissão. "Meu maior defeito é pensar no coletivo, em querer um elenco sem diferenças e problemas pessoais. Sou muito franco, se fosse um pouco mais politicamente correto, um pouco mais cínico, talvez fosse melhor."
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