Um Mundial mais equilibrado pós-strike

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Poucas vezes vi um alvoroço tão intenso em uma sala de imprensa quanto na largada do GP da Bélgica de F-1. Todos se assustaram com a impressionante sequência de acidentes (e ninguém se surpreendeu quando chegou o comunicado oficial da FIA anunciando a suspensão a Grosjean).

O perigoso strike causado pelo francês da Lotus Renault na primeira curva do GP da Bélgica teve como efeito colateral um campeonato mais equilibrado. Como o líder do Mundial, Fernando Alonso, ficou no zero depois de "ter sido atropelado por um trem", como definiu depois, a classificação ficou mais embolada. No pódio, os três campeões mundiais comemoraram o importante avanço na tabela, sobretudo Sebastian Vettel, que agora está na vice-liderança a 24 pontos do piloto da Ferrari. Kimi Raikkonen ainda não venceu, mas está com incrível regularidade na presença no pódio: seis com o da Bélgica.

Até o vencedor, Button, ficou mais animado em relação ao campeonato, mesmo estando em sexto, a 63 pontos de Alonso. "Nosso carro melhorou: as últimas três corridas foram muito boas para nós", me respondeu o inglês quando perguntei na sala de imprensa se a vitória em Spa havia sido circunstancial ou mostrava de fato a melhora da McLaren.

Com oito corridas para o final, não há dúvidas de que o campeonato segue aberto entre rivais de pelo menos três escuderias diferentes – e, como já notamos desde o início do ano, 2012 será lembrado por muito tempo como um dos mais equilibrados de toda a história (o recorde de sete vencedores nos sete primeiros GPs que o diga). Dá para apostar em algum favorito neste início de reta decisiva do campeonato? Vettel fez a pole e venceu em Monza no ano passado – e foi um dos grandes destaques da corrida aqui em Spa. Obviamente a Ferrari vai fazer de tudo para recuperar terreno correndo em casa.

A moral de Felipe Massa, por sinal, foi elevada depois do resultado de ontem, roubando importantes pontos de Mark Webber e Red Bull. É exatamente isso que o brasileiro precisa para conseguir a extensão de seu contrato para 2012. Um bom resultado diante dos fanáticos "tifosi", então, pode ser o lance decisivo para que esta renovação seja confirmada.