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 | Walter Alves/ Gazeta do Povo
| Foto: Walter Alves/ Gazeta do Povo

A primeira espiada no quartel-general atleticano

Na antevéspera da estreia do Atlético no Campeonato Estadual, pela primeira vez a imprensa teve acesso ao CT do Caju, que foi transformado em um verdadeiro quartel-general desde o início da pré-temporada, no dia 4 de janeiro. O tempo de permanência, porém, foi de apenas 15 minutos. Período insuficiente para adiantar ao torcedor atleticano qual o time que o técnico Juan Ramón Carrasco (foto) pretende colocar em campo amanhã contra o Londrina, às 19h30, no Germano Krüger, em Ponta Grossa. Certo mesmo é que Paulo Baier deve exercer duas funções em campo, em uma região que não está acostumado. Com o uruguaio no comando, Baier se transformou em volante, atuando ao lado de Deivid. Em algumas ocasiões, será o homem à frente da defesa. "A gente faz o que pode. O Juan quer o time para frente. Se não der certo, entra outro no meu lugar", comentou o veterano. Ele, inclusive, adiantou que deve ficar de fora de alguns jogos do Paranaense para se poupar e render o máximo na Série B do Brasileirão.

O Campeonato Paranaense co­­me­­ça amanhã, mas antes mesmo de a bola rolar, os jogadores, a comissão técnica e a diretoria do Atlético preferiram se adiantar e pedir paciência à torcida. Ape­­sar de o elenco ser praticamente o mesmo do traumático re­­­­­­baixamento para a Série B do Brasileirão, a postura da direção e o método do treinador Juan Ra­­­­món Carrasco transformam o Furacão versão 2012 em uma in­­cógnita.

O voto de confiança que o clu­­be deseja se deve principalmente pela manutenção do plan­­tel em de­­trimento à chegada de novos jo­­gadores. Desde a eleição do pre­­si­­dente Mario Celso Petraglia pas­­saram-se 37 dias. E nesse pe­­río­do apenas especulações apareceram. De concreto, porém, so­­men­­te dispensas.

A aparente inércia do departamento de futebol é justificada pe­­­­la política de valorização dos jogadores que terminaram mal o ano passado e que buscam uma espécie de redenção – além dos mais jovens que agora ganham novas chances na equipe profissional.

Tudo isso, segundo o clube, de forma planejada, mas com a consciência de que os resultados podem não acompanhar tal postura em um curto prazo. "Pri­­mei­­ro vamos dar oportunidades para quem está aqui. Às vezes um jogador pode não ter correspondido dentro de um sistema ou de um determinado am­­biente. Não vamos tomar ne­­nhuma decisão precipitada", ex­­­plicou o diretor de futebol, Sandro Orlandelli.

Ele reconhece que esse caminho pode ser espinhoso, mas ape­­ga-se ao tempo para justificar tal postura. "Futebol é um ris­­co e a preocupação, lógico, es­­tá presente. Nós vamos tentar mi­­­ni­­mizar esses riscos. É o que faremos. Tam­­bém não pode se es­­ten­­der por meses, mas o tempo suficiente para errar o menos possível", comentou.

O mesmo pensamento é com­­partilhado por Paulo Baier, que não vê problemas em iniciar o ano sem novos companheiros. "Temos de valorizar quem está aqui que aos poucos vamos acertando. Vamos esperar e ver o que vai dar no início. Tem uma garotada boa subindo e que pode nos ajudar", disse o capitão atleticano na primeira entrevista coletiva de um jogador neste ano.

"Sempre falo aqui de tempo, de­­pende de tempo. Mas não te­­nho dúvida nenhuma de que vamos ganhando a torcida jogo a jogo. E seria muito que os re­­sultados acompanhassem", tentou tranquilizar o treinador Car­­rasco.

Reforço

O comandante atleticano, aliás, adiantou que a primeira no­­vi­­dade do ano está próxima de vi­­rar realidade. Trata-se do meia uruguaio Martín Ligüera, indicado por ele para reforçar o Fu­­ra­­cão.

"Falta só o exame médico", ga­­rantiu quase em oposição ao di­­retor de futebol. "Pretendemos anunciar reforços, mas por en­­quanto não temos como oficializar nada", fechou Orlandelli.

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