A primeira espiada no quartel-general atleticano
Na antevéspera da estreia do Atlético no Campeonato Estadual, pela primeira vez a imprensa teve acesso ao CT do Caju, que foi transformado em um verdadeiro quartel-general desde o início da pré-temporada, no dia 4 de janeiro. O tempo de permanência, porém, foi de apenas 15 minutos. Período insuficiente para adiantar ao torcedor atleticano qual o time que o técnico Juan Ramón Carrasco (foto) pretende colocar em campo amanhã contra o Londrina, às 19h30, no Germano Krüger, em Ponta Grossa. Certo mesmo é que Paulo Baier deve exercer duas funções em campo, em uma região que não está acostumado. Com o uruguaio no comando, Baier se transformou em volante, atuando ao lado de Deivid. Em algumas ocasiões, será o homem à frente da defesa. "A gente faz o que pode. O Juan quer o time para frente. Se não der certo, entra outro no meu lugar", comentou o veterano. Ele, inclusive, adiantou que deve ficar de fora de alguns jogos do Paranaense para se poupar e render o máximo na Série B do Brasileirão.
O Campeonato Paranaense começa amanhã, mas antes mesmo de a bola rolar, os jogadores, a comissão técnica e a diretoria do Atlético preferiram se adiantar e pedir paciência à torcida. Apesar de o elenco ser praticamente o mesmo do traumático rebaixamento para a Série B do Brasileirão, a postura da direção e o método do treinador Juan Ramón Carrasco transformam o Furacão versão 2012 em uma incógnita.
O voto de confiança que o clube deseja se deve principalmente pela manutenção do plantel em detrimento à chegada de novos jogadores. Desde a eleição do presidente Mario Celso Petraglia passaram-se 37 dias. E nesse período apenas especulações apareceram. De concreto, porém, somente dispensas.
A aparente inércia do departamento de futebol é justificada pela política de valorização dos jogadores que terminaram mal o ano passado e que buscam uma espécie de redenção além dos mais jovens que agora ganham novas chances na equipe profissional.
Tudo isso, segundo o clube, de forma planejada, mas com a consciência de que os resultados podem não acompanhar tal postura em um curto prazo. "Primeiro vamos dar oportunidades para quem está aqui. Às vezes um jogador pode não ter correspondido dentro de um sistema ou de um determinado ambiente. Não vamos tomar nenhuma decisão precipitada", explicou o diretor de futebol, Sandro Orlandelli.
Ele reconhece que esse caminho pode ser espinhoso, mas apega-se ao tempo para justificar tal postura. "Futebol é um risco e a preocupação, lógico, está presente. Nós vamos tentar minimizar esses riscos. É o que faremos. Também não pode se estender por meses, mas o tempo suficiente para errar o menos possível", comentou.
O mesmo pensamento é compartilhado por Paulo Baier, que não vê problemas em iniciar o ano sem novos companheiros. "Temos de valorizar quem está aqui que aos poucos vamos acertando. Vamos esperar e ver o que vai dar no início. Tem uma garotada boa subindo e que pode nos ajudar", disse o capitão atleticano na primeira entrevista coletiva de um jogador neste ano.
"Sempre falo aqui de tempo, depende de tempo. Mas não tenho dúvida nenhuma de que vamos ganhando a torcida jogo a jogo. E seria muito que os resultados acompanhassem", tentou tranquilizar o treinador Carrasco.
Reforço
O comandante atleticano, aliás, adiantou que a primeira novidade do ano está próxima de virar realidade. Trata-se do meia uruguaio Martín Ligüera, indicado por ele para reforçar o Furacão.
"Falta só o exame médico", garantiu quase em oposição ao diretor de futebol. "Pretendemos anunciar reforços, mas por enquanto não temos como oficializar nada", fechou Orlandelli.
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