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Quando o assunto são as glórias, Borba traz tudo bem guardado na memória. Muitas vezes, pelo que teve de enfrentar depois. "Quando eu comentava sobre o Coritiba, diziam que eu tinha inveja do treinador por que eu estava descendo o pau. Eu respondia: ‘Só posso ter inveja do Ênio Andrade, que já morreu, pois foi o campeão brasileiro. Depois dele, sou eu’", conta, sobre o terceiro lugar no Brasileiro de 78 comandando o Alviverde.

Na época, entrou no meio da competição, com uma equipe desacreditada e foi parado apenas pelo Vasco, no Rio de Janeiro, em uma derrota por 2 a1 nas semifinais. "Fomos roubados, os dois gols estavam impedidos. mesmo assim até ali havia sido a melhor campanha de um paranaense no Nacional."

O fato mais marcante, contudo, ocorreu em 1980, na final entre Cascavel e Ferroviário. O título foi dividido pois a equipe do Cascavel, no segundo tempo ficou sem o número de jogadores suficientes e a partida teve de ser encerrada. Borba foi acusado de mandar seus jogadores fazerem um cai-cai em campo. "Fiz o que fiz e não me arrependo. Ganhei o título sem dúvida. No primeiro tempo eu já tive dois jogadores expulsos e tinha levado dois gols, um em impedimento e outro que empurraram o goleiro. Eu fui reclamar e também fui expulso... Mas cai-cai não houve. Só caiu um jogador", lembra Borba. "Um time que vai para uma decisão podendo tomar cinco gols de diferença é porque fez um baita campanha. Se houve um ‘garfeamento’ foi tirarem metade do título do Cascavel", completa.

Atleticano desde criancinha, como toda a família, antes de retornar ao Atlético Borba Filho havia treinado o clube em 1990 – na época trazido por José Carlos Farinhaqui, com quem acabou se desentendendo após o primeiro turno. Agora, veio por intermédio de Mário Celso Petraglia. (MR)

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