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No jogo de atenções divididas entre a Vila Capanema e o Orlando Scarpelli, no qual a nervosa torcida paranista só pensava no futuro internacional e pouco se importou com o futebol irregular do seu time, o público prestou atenção em Pierre. Jogando na sobra, o volante destoou na tensa equipe paranista.

Enquanto o ataque desperdiçava uma finalização após a outra e os passes errados se multiplicavam proporcionalmente ao passar dos minutos, o camisa 5 não perdeu um combate. Correu, desarmou e ainda saiu várias vezes de trás com muita segurança. E categoria.

O reconhecimento recompensou quem nunca aparece e é o segundo jogador com maior identificação com o Paraná do atual elenco. Perde somente para o goleiro Flávio (na Vila desde o Campeonato Brasileiro de 2003). O volante sempre combinou tanto com a camiasa paranista que já está na terceira passagem pelo clube.

Uma trajetória sempre ascendente, apesar das idas e vindas – até ano passado ele pertencia ao Ituano. Em 2002, ajudou o Tricolor a chegar à Sul-Americana, ano passado estava no grupo sétimo colocado no Brasileiro, até então a melhor campanha na Primeira Divisão. "Agora conseguimos este grande sonho de alcançar uma vaga na Libertadores", festejou no agitado e congestionado gramado do Durival Britto.

O volante está "ameaçado" de não desbravar a América, pelo menos com o Paraná. Apesar de ter contrato por mais duas temporadas, o jogador é cobiçado por outros clubes (leia mais na página 6). Um deles seria o Grêmio, também classificado para o principal torneio do continente. "Ainda não sei de nada", resumiu ontem.

Pierre não queria mesmo pensar no futuro diante de um presente tão especial. "É resultado de um conjunto: torcida, diretoria comissão técnica e jogadores. Nossa, eu estou muito feliz", completou.

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