Torcida do Atlético e do Coritiba entram em confronto

A noite de quarta-feira (20) também teve confusão entre torcedores. Antes da vitória por 5 a 0 do Atlético sobre o Bahia, pela Copa do Brasil, torcedores do Atlético e do Coritiba, que acompanhava a torcida baiana em um ônibus, se confrontaram na Avenida Sete de Setembro, no bairro Batel, próximo à Arena da Baixada.

Um ônibus biarticulado da linha Santa Cândida/Capão Raso foi cercado por torcedores do Atlético, que apedrejaram o veículo. O motorista ainda tentou escapar tirar o ônibus da confusão, mas na sequência, o veículo foi invadido pelos arruaceiros, que continuaram a depredação.

De acordo com a Urbs, empresa municipal que administra o transporte coletivo, 80% das janelas foram destruídas, além de assentos e da sanfona do biarticulado.

O prejuízo ainda não foi contabilizado. Ninguém foi preso.

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A abertura da venda de ingressos à torcida do Coritiba para o Atletiba de domingo (24), na manhã desta quinta-feira (21), foi marcada por confusão entre torcedores.

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Às 9 horas, o portão 2 do Estádio Couto Pereira foi aberto para que 2 mil sócios pudessem entrar e garantir seu ingresso. Entretanto, antes de as entradas se esgotarem, o tumulto começou.

A baderna teria tido início, segundo o clube, porque integrantes da Torcida Império Alviverde e Movimento Unido Coritibano (MUC) decidiram furar a fila para garantir ingressos, desrespeitando a extensa fila que se formou desde o fim da tarde da última terça-feira (19) na Rua Mauá.

"Eles [torcida organizada] foram lá para agitar, coisa que é normal para eles. E aí ficou difícil para organizar a situação", disse o vice-presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, que foi até o estádio por volta das 10 horas.

Assim que os seguranças perceberam a ação para furar a fila, fecharam o portão e cerca de 2 mil torcedores ficaram em um corredor apertado. Algumas pessoas chegaram a passar mal. Enquanto isso, seguranças do Coritiba tentavam barrar os torcedores de invadir o estádio.

O gerente de marketing Rodrigo Papov, que estava na fila desde as 19 horas de quarta-feira (20), afirma que a organização fechou o portão de repente.

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"Assim que fecharam os portões, começaram as agressões dos seguranças. Eles xingaram e empurraram os torcedores. Eu vi eles fecharem a porta na mão de uma mulher", diz o torcedor.

Andrade, por outro lado, negou que os seguranças contratados pelo clube tenham agredido torcedores. "Em absoluto. Isso não aconteceu. O que houve foi que os policiais, de forma natural em um tumulto, tiveram de dispersar as pessoas. Houve um ou outro caso [de pessoas feridas]", adicionou.

O polidor de metais Cristiano Hrycyna, 25 anos, que passou a noite na fila para conseguir seu ingresso, confirmou a versão do vice-presidente coritibano. Segundo o torcedor, o maior problema aconteceu porque durante a madrugada e nas primeiras horas da manhã, torcedores, em sua maioria vínculados à organizadas, ao invés de entrarem no fim da fila, iam direto para o início, criando um clima de tensão para quem estava no local.

"Tem gente que passou a noite lá e não conseguiu ingresso. Tinha até gente que não era sócio na fila, mesmo sabendo que não iria conseguir. Por milagre a coisa não foi pior", disse Hrycyna, que criticou o clube por ter organizado a fila de maneira tardia, mas que os seguranças foram responsável por evitar algo pior.

"O erro foi no começo. Esperaram para colocar as barreiras [para separar a fila] só às 8h, enquanto deveriam ter organizado isso mais cedo. A fila ia até o estacionamento naquele momento. Os seguranças sofreram para segurar todo mundo no peito, grito, para que não invadissem", complementou.

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Diante do tumulto, foi chamado reforço da Polícia Militar (PM). Para conter a multidão, o Batalhão de Choque da PM lançou bombas de efeito moral e disparou balas de borracha. A confusão durou cerca de meia hora. Uma pessoa foi presa.

"O [batalhão de] Choque foi ao local para dispersar os torcedores mais exaltados e garantir a segurança dos próprios torcedores e dos moradores vizinhos ao estádio", explica o tenente-coronel Carlos Sussumo Ota, comandante do 13.° Batalhão da PM.

Rastro do tumulto

Depois da confusão, ficou um rastro de sujeira e depredação na Rua Mauá. Garrafas de bebidas alcóolicas, copos plásticos e pedaços de madeira estavam espalhados pela rua.

Moradores vizinhos ao Estádio Couto Pereira também voltaram a reclamar da bagunça dos torcedores que estavam na fila de ingressos na noite de quarta para quinta-feira (21). Assim como já havia ocorrido na noite anterior, os moradores reclamaram do barulho causado pelos torcedores na madrugada. A PM enviou viaturas ao local, mas ninguém foi preso.

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Torcedores do Coritiba estavam acampados desde a noite de terça-feira em frente ao Estádio Couto Pereira para tentar garantir o ingresso para o Atletiba decisivo na Arena da Baixada domingo. Se empatar ou vencer, o Coxa será bicampeão paranaense.

Em breve, mais informações.