O Paranavaí entra em campo de sangue doce para enfrentar o Coritiba. Campeão do interior, já assegurado como um dos quatro melhores do estado e tendo feito estrago na campanha dos grandes da capital, o Vermelhinho já saiu lucrando da competição, segundo análise do próprio treinador Amauri Knevitz. Ao mesmo tempo, admite que chegar à final – basta um empate no Alto da Glória – seria "mudar a história profissional de cada jogador". E acrescenta: se alguém tem algo a perder, são os alviverdes.

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"Se por acaso cairmos, nossos atletas saberão que fizeram bonito, que chegaram longe e ganharam muita coisa só por alcançarem as semifinais. Não será algo ruim. Já os (atletas) do Coritiba nem podem pensar na eliminação, seria um desastre. A pressão é toda deles", garantiu o simpático comandante do ACP. Perguntado se iria usar esse fator na preleção, sorriu e disparou: "Temos contado com tudo".

Assumindo a postura de franco-atirador, o ex-zagueiro de 1,92 m não abre mão de manter o mesmo comportamento da equipe dentro de campo. "Acredito que podemos chegar à decisão por tudo que fizemos. Jogamos para o ataque e em poucos jogos passamos em branco no ataque", opinou Knevitz, informando que tem falado diariamente com seus pupilos sobre a importância dos próximos 90 minutos de bola rolando. "Às vezes quem está jogando não tem noção da importância de um jogo, de um gol sofrido ou de uma oportunidade desperdiçada. Sinto que, com eles (os jogadores do Paranavaí), já caiu a ficha".

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Por um motivo mais particular, quem está cansado de saber do valor agregado ao confronto desta tarde é o volante Márcio, capitão do Vermelhinho. Ele é o único remanescente da derrota fatídica do clube na final do Estadual de 2003 para o mesmo rival de hoje. E está louco para dar o troco. "O passado serve de incentivo. Aquilo ficou para sempre e seria bom escrever uma história diferente. Que a vingança venha a galope", decretou.

A fórmula para vingar o vice de outrora quem dá é Tiago, atacante e fonte de habilidade do ACP. Para ele, marcar em cima será fundamental.

"Temos que manter o ritmo do campeonato, marcando forte e puxando o contra-ataque rápido. Se fizermos um gol, eles terão de se abrir", afirmou. Para ele, como para o resto do elenco, chegar à final seria uma vitrine ainda maior para sonhar com a ascensão na carreira. O Brasileirão, afinal de contas, vem aí.