Ser visto é ser lembrado e garantir novas chances. E este é o objetivo do zagueiro Flávio, que, aos 35 anos, busca o recomeço no futebol brasileiro no Corinthians-PR. Revelado no Coritiba, o defensor atuou no futebol mexicano entre 2000 e 2011, com exceção a um mal sucedido retorno ao Alviverde em 2004.
"A gente sabe que aqui não temos grandes salários. Eu estou relativamente bem financeiramente por ter atuado no México. Mas ainda não é o ideal e quero trabalhar mais. Quero que lembrem quem eu sou e um bom campeonato é necessário", disse o zagueiro, que aposta numa boa campanha para ter melhores propostas.
O zagueiro não quer pensar em fim de carreira, apesar da idade considerada avançada. "Quero aproveitar ao máximo. Não estou pensando em parar e só pararei quando perceber que não dá mais. No futebol brasileiro, basta estar bem fisicamente, pois não tem muitos craques", explicou.
A readaptação ao futebol brasileiro não deverá ser problema para Flávio, mesmo estando muito tempo longe dos gramados brasileiros. No território mexicano, o zagueiro atuou por Monterrey, Dorados de Sinaloa, Tigres, Tijuana, Guerreros de Tabasco e Puebla. "Falam que o futebol brasileiro ficou muito rápido, mas eu estava jogando no México, lugar muito conhecido pela velocidade, só que com menos qualidade técnica", afirmou.
Mesmo tendo sido chamado duas vezes para a seleção brasileira pelo técnico Vanderlei Luxemburgo, em 1998, Flávio entende que volta ao país praticamente como um anônimo. "Financeiramente, lá [no México] até que era melhor, mas aqui eu fico com minha família. Sei que estou esquecido por ter ficado fora, mas agora é a chance de mostrar que ainda sou aquele Flávio", disse o defensor.
No time do técnico Leandro Niehues, Flávio poderá atuar como zagueiro da sobra no 4-4-2 e como líbero no 3-5-2. "Nós temos jogadores que podem atuar nas duas formações e, além disso, temos zagueiros capacitados como o Gustavo, o Anderson [Seffrim], o Muriel, o Alex [Fraga]. Temos um grupo entrosado e deveremos dar trabalho", afirmou.
Todos os anos de México fez com que o jogador ganhasse, em 2003, a nacionalidade mexicana e deixasse de contar como estrangeiro nos times que defendeu na terra da tequila. "Eu cheguei lá casado e com uma filha. Meu filho do meio nasceu em território mexicano, o que me ajudou na documentação e me abriu portas. Eles não costumam dar tanto espaço para os zagueiros brasileiros como dão para os atacantes e meias. Eu era uma exceção", revelou.
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