Vialle depende apenas do “sim” de Cirino para retornar ao Alto da Glória

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Próximo de um retorno ao futebol profissional do Coritiba, o médico João Carlos Vialle garante estar pronto para o desafio de ajudar a salvar o ano do centenário alviverde. Em entrevista à Gazeta do Povo, ele afirma não temer ficar marcado caso o Coxa não consiga sair da degola. "Se eu tivesse medo, ficava em casa", avisou Vialle, que assume o lugar de Homero Halila, que se desligou do departamento de futebol. Confira a entrevista a seguir:

Gazeta do Povo: Como surgiu o convite para retornar ao futebol do Coritiba?

Vialle: Foi feito um convite pelos diretores. Conversamos sobre os problemas que teremos pela frente, as dificuldades. Gostei do que me apresentaram e por isso estou voltando. Mais ainda faltam alguns detalhes.

Gazeta do Povo: Que detalhes?

Vialle: Falta o sim do presidente Jair Cirino, pois ele não participou da reunião. (O presidente do Coritiba estava em viagem).

Gazeta do Povo: Mas o senhor era oposição (compunha a diretoria de Giovani Gionédis e perdeu a eleição para presidente por 1 voto para Jair Cirino) não teme que exista algum conflito de ideias com a atual diretoria?

Vialle: De forma alguma. Eu estou de volta pelo Coritiba. Veja só: Tive trânsito com vários ex-presidentes. Trabalhei no clube na época do Evangelino Neves, do João Jacob Mehl e do Gionédis. Nunca tive problema com esse ou com aquele.

Gazeta do Povo: Que avaliação o senhor faz do elenco atual do Coritiba?

Vialle: Me procure daqui 15 a 20 dias que eu te falo. Ainda preciso conhecer o que temos em mãos.

Gazeta do Povo: Mas não preocupa o fato de que a premiação aos jogadores está atrasada? Isso não prejudica o rendimento do time?

Vialle: Não. Todos os grandes clubes do Brasil têm problemas financeiros, não é exclusividade do Coritiba. Barcelona, Real Madrid e grandes clubes da Europa vivem outra realidade. Temos de encontrar soluções inteligentes para os problemas financeiros. Estou há mais de 40 anos no futebol e já vi situações piores. O que a gente precisa é de apoio dos coxas-brancas, queremos estádio cheio nos jogos em casa, apoio maciço. Lembra da Serie B em 2007? Então, temos de resgatar aquele momento.

Gazeta do Povo: O Ney Franco é o favorito para assumir o Coritiba. Que avaliação faz do treinador?

Vialle: Técnico vencedor. Fez bons trabalhos no Ipatinga, Atlético-PR e Flamengo. Se não fosse bom, não teria ficado mais de um ano no Botafogo.

Gazeta do Povo: O Coritiba vai sair dessa situação?

Vialle: Claro. Se eu tivesse medo ficava em casa. Não posso fugir da briga. Eu gosto do desafio. Não tenho medo de rebaixamento, temos condições de mudar isso.