Na raça, o Coritiba aplicou 3 a 0 no Paraná pelo Estadual de 1993| Foto: Arquivo/ Gazeta do Povo
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Era 12 de julho de 1993. Na domingueira do Couto Pereira, Coritiba e Paraná duelavam pelo Campeonato Paranaense. Àquela altura dos fatos e dos acontecimentos, o Tricolor ainda era um clube piá, com pouco mais de três anos, e o clássico Paratiba uma novidade.

Antes do encontro em questão, o Paraná havia vencido o Coritiba em duas oportunidades. Na primeira, sapecou 3 a 1. Depois, já pela fase final, em junho, aplicou 2 a 0. No terceiro confronto, estava em jogo a honra alviverde. Perder três clássicos seguidos? Nem pensar.

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Diante disso, o Verdão subiu o túnel "imbuído" da vitória. Destacavam-se na representação coritibana jogadores como o zagueiro Jorjão e o avante Ronaldo "Lobisomem" – naquele tempo, os jogadores de futebol ainda tinham apelidos e raramente usavam o sobrenome. O técnico era Dirceu Krüger.

O lado paranista contava com "vultos" como o goleiro Régis, os zagueiros Gralak – aquele que patenteou o arremesso de lateral dentro da área – e Marcão, além do avante Claudinho. Todos orientados por Levir Culpi.

Mal a bola rolou no Alto da Glória e a rede balançou. Aos 14 minutos, Nei mandou para as redes depois de um cruzamento de Paulo César Campinas. E o segundo gol não tardou. Aos 36, Jétson serviu Rizza para marcar – como se vê, os nomes de jogadores eram bem mais interessantes.

Faltava um gol ainda para a vantagem tornar-se "elástica" – há controvérsias se 3 a 0 é goleada ou não. Algo que aconteceu aos 40 minutos da etapa final. Paulo César Campinas cobrou falta com maestria, mandando a bola no ângulo esquerdo de Régis: 3 a 0 e vingança realizada.

O que acontecia na época

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• Naquele ano, o Nirvana lançou o que seria o seu último álbum, In Utero. No ano seguinte, o líder da banda, Kurt Cobain (foto), se suicidaria.

• Em 1993, o Brasil ainda era apenas tricampeão mundial. Era, pelo menos, o que os mais antigos diziam. Passando tanto tempo do último título, em 1970, boa parte da rapaziada que gostava de futebol alimentava dúvidas se toda aquela história de Pelé era realmente verdade. Felizmente, boa parte dos jogadores que disputavam as Eliminatórias naquele ano acabaram conquistando o tetra no ano seguinte, nos Estados Unidos.