O bom desempenho conferiu outro status ao Londrina. Era coadjuvante, virou surpresa e agora tenta ser mais versátil para manter o rendimento a partir de hoje, no início do returno da Superliga masculina de vôlei. A pressão interna para alcançar uma vaga nos playoffs começa logo na largada, quando a equipe encara a trinca ABC, contra a qual os paranaenses não admitem perder pontos.
O primeiro adversário é o Santo André, às 16 horas de hoje, no interior paulista, equipe batida pelo Londrina no primeiro turno por 3 a 0. Depois serão três jogos em casa, contra Montes Claros (MG), São Caetano e São Bernardo.
"São jogos difíceis e contra esses adversários paulistas não podemos perder", alerta o técnico Carlos Almeida, o Chiquita. À exceção da equipe mineira, quarta colocada, as outras três terminaram em posições inferiores ao sexto lugar do Londrina na tabela. Foram oito vitórias e seis derrotas do representante paranaense.
Apesar de ter superado favoritos como o líder Sesi e o Vôlei Futuro e ter alcançado sete triunfos consecutivos, o clube segue com perspectivas realistas.
"Nosso objetivo sempre foi ficar entre os oito primeiros e conseguir uma vaga na fase decisiva. Jogamos e conseguimos vitórias pouco esperadas. Só que os resultados atraíram a atenção dos adversários. Éramos desconhecidos. Agora já acompanharam nossos jogos, viram vídeos, conhecem nosso estilo e não podemos ser previsíveis", afirma o treinador.
Sem um elenco estrelado como os dos concorrentes, a solução da equipe sensação da primeira fase é usar as peças que tem para alterar o padrão de jogo. O oposto Pedro Azenha, por exemplo, está treinando para atuar também como ponta, garantindo mais opções à equipe.
Outro destaque dessa estratégia é o levantador Canhoto. Com apenas 22 anos, ele ganhou importância nas rodadas finais do primeiro turno, impondo mais força e agilidade aos jogos.
"É um bom garoto. Muito novo ainda, mas cumpre com eficiência a sua função. Era reserva e entrou muito bem nas oportunidades que teve. Tem personalidade e às vezes preciso até segurá-lo um pouco", conta o treinador.
Apesar de uma ou outra ousadia do levantador, ele não foge ao grande trunfo do time londrinense no torneio. "A obediência tática é o segredo. Tudo o que o Chiquita pede nós fazemos em quadra", explicou, ainda no primeiro turno, o líbero Alan, o jogador mais conhecido de uma equipe sem astros. "O time não tem um nome. Nós todos formamos essa cara", completou o campeão mundial pela seleção em 2010.
Deixe sua opinião