A equipe masculina de vôlei do Brasil venceu nesta sexta-feira (28) a Argentina por 3 sets a 1, na semifinal, e disputa nesta sábado (29), em Guadalajara, a final do vôlei masculino, em busca do bicampeonato dos Jogos Pan-Americanos. O adversário da final será Cuba.
Mas, ao contrário do estardalhaço que o time provocou há quatro anos, no Pan do Rio, desta vez chegam mais comedidos, ao menos no comportamento fora da quadra. Em parte, reflexo da troca de comando para esta competição. Enquanto o enérgico Bernardinho prepara o time principal para a Copa do Mundo no mês que vem, é o curitibano Rubinho quem dá as cartas no México, com uma postura bem mais comedida.
No jogo desta sexta, mais uma vez a tranquilidade do técnico ficou em evidência. O time venceu por 3 a 1. Mas em uma atuação que teria levado Bernardinho à loucura. Rubinho, por sua vez, mantinha-se tranquilo, trocando poucas vezes as consultas das estatísticas do jogo por uma orientação à beira da quadra. "Somo diferentes, né?", disse, em um riso nervoso que indica que as comparações não o agradam, mas sabendo que são inevitáveis.
Em quadra, o Brasil conquistou o direito de disputar o ouro, mas não foi fácil. Foram quase duas horas de jogo para que o Brasil garantisse a vaga na segunda final consecutiva em Pan-Americano. A semifinal contra a Argentina foi a partida mais longa dos brasileiros até então em Guadalajara, com quase duas horas de duração.
"Jogamos bem abaixo do que sabemos que podemos. Sabíamos que ia ser um jogo difícil, com eles explorando bem o bloqueio, indo bem na defesa. [Os erros] têm de servir como lição", avaliou o levantador Bruninho que, ao lado de Gustavo, são os dois jogadores do grupo que foram campeões no Rio, em 2007.
"Era um jogo duro. Começamos forçando o saque, eles também, por isso tantos erros. Tivemos um apagão ali no segundo set, como tinha acontecido ontem [quinta-feira] contra os Estados Unidos [na vitória também por 3 sets a 1]; Demoramos quase três sets para entrar na partida", avaliou o treinador.
O jogo começou com o Brasil forçando o saque e, por isso mesmo, com muitos pontos desperdiçados nesse fundamento. A Argentina manteve uma vantagem de dois pontos a favor, especialmente com Pereira e o baixinho Bruno (1,88 m) explorando o bloqueio brasileiro, que tem média de altura de 2 m. O time comandado por Rubinho conseguiu encostar em 24 a 24, especialmente com a inteligência de Thiago Alves, alternando ataques de força e colocadas. Mas, em uma erro no ataque de Wallace Souza, os hermanos fecharam o primeiro set em 28 a 26.
A etapa seguinte também começou dura, mas Wallace Souza se redimiu da falha e foi um dos destaques em quadra, que permitiu que o Brasil abrisse oito pontos de vantagem (19 a 11). A Argentina reagiu e empatou em 22 a 22, entre bloqueios argentinos e erros brasileiros. Ponto a ponto, o Brasil empatou o jogo em 1 set a 1, com o último ponto do veterano Gustavo, para fechar 27 a 25.
Na etapa seguinte, os brasileiros saíram, pela primeira vez à frente no placar, abrindo 4 a 0, em set marcado pelas marcações da arbitragem, bastante reclamadas pelo Brasil. E a vantagem brasileira caiu para dois pontos. Ainda assim, a equipe manteve a tranquilidade e virou a partida em 21 a 1 no erro de saque de Maximiliano (25 a 22).
O quarto set, por fim, foi dominado pelo Brasil, que conseguiu uma vantagem de dez pontos, visto que os argentinos deixaram toda a responsabilidade nas mãos de Pereira. Então, o time administrou o resultado até chegar em 25 a 14.
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