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Após retornar do Japão, onde não lutou, mas participou da festa do Pride 34, o lutador paranaense Wanderlei Silva já retomou os treinamentos, na expectativa de retornar aos ringues, possivelmente entre os meses de maio e julho. Além de falar sobre as lutas e a respeito de quase ter subido no ringue nesta edição, Silva também revelou o interesse do K-1 na sua contratação.

"Me encontre com o (Kazushi) Sakuraba lá, e ele comentou que o presidente do K-1 e do Heroes (Sadaharu Tanigawa) estaria interessado em me contratar, e eu disse que me sentia honrado com o convite, mas que não tinha qualquer interesse em sair do Pride agora", contou Silva. Ele também aguarda a chegada de Sakuraba a Curitiba, prevista para o dia 27 de abril, para mais uma temporada de treinamentos na Academia Chute Boxe. "Ele já é da nossa equipe, somos amigos", comentou.

A respeito dos combates no Pride 34, o paranaense elogiou, mas com ressalvas. "No começo achei o card muito fraco, mas as lutas foram muito boas, a festa também, bonita e emocionante. Foi um ótimo evento de despedida do presidente (Nobuyuki Sakakibara), pena que eu não lutei", afirmou Silva, que assegura que estava pronto para entrar no ringue. "Na sexta a noite eu fiz o meu último treino, esperando lutar, mas ai eu soube que não conseguiram casar uma luta para mim. Falaram sobre essa história da suspensão, mas eu levei meus exames, mostrando que estou bem, por isso tenho minhas dúvidas".

Pela primeira vez em um Pride como expectador, Silva também não deixou de comentar a principal luta na sua categoria, entre o camaronês Rameau Thierry Sokoudjou e o carioca Ricardo Arona. "Foi uma boa luta, e eu soube que na BTT (Brazilian Top Team, academia de Arona) todo mundo está proibido de ouvir Bob Marley", ironizou o paranaense, em referência a semelhança entre o camaronês e o ídolo do reggae jamaicano.

Sobre a possibilidade de encarar Sokoudjou, Silva não teme encará-lo, mas crê que o estilo de luta do seu companheiro de Chute Boxe, Evangelista Cyborg, se encaixa melhor com o do camaronês. "Acho que seria um bom adversário, mas comentamos com o pessoal do Pride que o estilo do Cyborg é mais parecido com o dele, já que os dois gostam de uma trocação. De qualquer forma, fico feliz com mais esse novo nome forte na categoria, e se eu tiver que encarar, sem problemas, iria bater com gosto, já que ele é da equipe do (Dan) Henderson", afirmou Silva.

Enquanto aguarda a confirmação do seu próximo combate, o lutador paranaense embarca nesta segunda-feira (16) para Londres, onde nos dias 21 e 22 deste mês estará acontecendo mais uma edição do Cage Rage, outro evento de renome mundial do MMA (Mixed Martial Arts). Além de Cyborg, Murilo Ninja (irmão de Maurício Shogun) lutará no evento. Longe das lutas, Silva fará uma escala em Paris, onde se reunirá com autoridades francesas, buscando a liberação do Vale-Tudo no país. "Eles ainda têm um certo preconceito com a modalidade, e os atletas de lá têm que sair do país para lutar. Vamos tentar mostrar o quão bonito o Vale-Tudo é", concluiu.

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