Conquistado na superação, o empate do Paraná com o São Caetano, por 2 a 2, não poderia ter tido um personagem principal melhor. Autor dos dois gols paranistas – o segundo, um golaço marcado aos 39 minutos da etapa final – o meia Wiliam sabe como ninguém vencer as dificuldades da bola.

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Emprestado ao Tricolor pelo Corinthians Paranaense até o fim da temporada, o jogador, de 26 anos, por pouco não se viu obrigado a abandonar a carreira há dois anos. Destaque do então J. Malucelli no Estadual de 2008, Wiliam despertou o interesse do Coritiba. Porém, nos exames médicos de praxe, viu a nova oportunidade ruir.

"Foi diagnosticada uma miocardite (inflamação no coração) e eu tive de parar. Fiquei quatro meses na dúvida se poderia jogar futebol novamente. Foi muito triste, mas, felizmente, consegui retornar sem problema algum", relembra o atleta, que contou com o tratamento do cardiologista Costantino Costantini.

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Bem antes disso, ele também teve de enfrentar outro obs­­táculo importante. Wiliam foi revelado na Vila Capanema, mas decidiu ir embora do clube logo de­­pois de receber a primeira oportunidade como profissional, em 2002. "Acreditei em uma falsa proposta de empresário. Pedi para sair pensando em ir para o exterior. Foi um erro muito grande, me arrependo disso. No fim das contas, não deu em nada e fiquei meses esperando", revela.

Apesar da passagem inicial rápida pela equipe de cima, ele teve tempo para marcar o seu no­­me. Wiliam foi o autor do gol de em­­pate contra o Grêmio (1 a 1), em 2002, que ajudou a livrar o Paraná do rebaixamento para a Série B do Brasileiro.

Agora, pela segunda vez no Tricolor, ele quer deixar lembranças melhores para o torcedor. "Acho que o resultado com o São Caetano deve iniciar uma recuperação da equipe. Mostramos que temos condições de retomar o caminho de vitórias."

O bom entrosamento que teve com Rodrigo Pimpão no Anacleto Campanella reforça a esperança. "Ele é um jogador muito inteligente, rápido", afirma Wiliam. O fato de o técnico Marcelo Oliveira utilizá-lo improvisado no ataque não será problema. "No começo fiquei meio perdido, mas agora estou me sentindo bem", garante.

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