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Berlim – Em seus últimos minutos defendendo a camisa 10 da seleção francesa – 90 ou 120 minutos se o jogo contra a Itália for para a prorrogação –, o meia Zinedine Zidane já cumpriu uma missão de enorme responsabilidade. Foi o único a carregar o número imortalizado por Pelé às costas a fazer jus à honraria na Alemanha. Na Copa que se desenhava ideal para o brilho dos astros da 10, o show foi solo.

Outros representantes deste mesmo grupo de candidatos a estrela se perderam no meio do caminho. Casos mais específicos do brasileiro Ronaldinho, do inglês Owen, do argentino Riquelme e do sueco Ibrahimovic. Nem o italiano Totti, finalista do Mundial, esteve à altura das expectativas. Para muitos, peso demais.

A aposta na habilidade era tamanha que duas marcas de material esportivo das mais conhecidas no planeta criaram campanhas de marketing alusivas aos superstars. A Nike lançou o Joga 10, tendo Ronaldinho como garoto-propaganda. A Adidas foi no mesmo embalo. Misturou craques – nem todos donos da 10 – na campanha Jose +10.

Depois de devolver à camisa sua real importância na fase final, já que na primeira fase se uniu ao baixo nível dos concorrentes, Zidane pode atingir hoje, no dia de sua aposentadoria, uma façanha digna de um deus da bola. Se vencer a Azzurra, ele se tornará o segundo camisa 10 da história a comandar uma seleção ao bicampeonato. O primeiro nome da lista é o responsável por toda a magia que cerca essa peça do uniforme. Pelé conduziu o Brasil com refinamento incomparável em 1958 e 1962.

Já Zizou colocou a cabeça para funcionar em 98, quando fez dois gols no 3 a 0 da decisão contra o Brasil. Ambos escorando bolas cruzadas de escanteios. Novamente contra o país do samba, foi escolhido o melhor jogador da partida nas quartas-de-final desta Copa, liderando a eliminação verde-amarela por 1 a 0. Quando precisa, ele sabe tirar da 10 o algo a mais. A Itália que se cuide.

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