Decoração

Como driblar colunas e pilares na decoração

Bruna Covacci, especial para a Gazeta do Povo
25/09/2014 03:32
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Na Sala de leitura e tevê, o pilar se tornou uma prateleira e apoio para a televisão, que conduz o resto do projeto

Questões estruturais podem mudar projetos arquitetônicos. Mas é possível adaptar os seus sonhos às condições construtivas do imóvel. Por isso, não se assuste ao encontrar uma pilastra, viga, encanamento ou parede indesejada no meio do caminho. Fomos até a Casa Cor Paraná para saber como alguns arquitetos da mostra precisaram alterar suas ideias iniciais para se adaptar à estrutura do Cine Ribalta.Descobrimos com eles que as saídas podem ajudar você quando se deparar com “detalhes” inesperados no meio da construção ou reforma.
Quem vê a Sala de leitura e tevê finalizada nem imagina que as arquitetas Denise e Janaína Barros esbarraram em um pilar. Segundo Janaína, o ambiente era dividido em dois e elas queriam fazer dele um espaço integrado. Para isso seria natural (assim como na maioria das reformas) quebrar paredes para retirar as divisões entre os ambientes. As arquitetas sabiam que havia um pilar, mas até a visita técnica, não faziam ideia de que ele ficava bem no meio da parede. A solução foi abrir parte da parede e deixar o pilar, que, para ter uma funcionalidade, se tornou uma espécie de divisor de ambientes em forma de prateleira e apoio da tevê. “O ‘problema’ se tornou o eixo condutor do projeto e os móveis partiram dele. Os espelhos foram colocados nas laterais da prateleira com o objetivo de deixá-la mais leve”, comenta.
Com um toque de modernidade Rafael Carvalho e Fernando Schwertner esconderam outro pilar, desta vez no canto do ambiente. Segundo Rafael, o Loft do designer era originalmente bastante recortado e fazia um “L”. Para esconder o pilar, foi colocado o espelho no mesmo canto em que ele se encontra. “Chanframos o pilar na parede para que houvesse melhor aproveitamento do closet e da sala de jantar”, diz. Os móveis e o chanfro seguiram a angulação, o revestimento em espelho serviu para esconder. Em projetos mais “descolados” e contemporâneos, essa pode ser uma opção charmosa.
O Studio de um solteiro deu trabalho para as arquitetas Cristiane Maciel e Sony Luczyszyn. “O prédio tinha estrutura para um número menor de pavimentos e, no andar superior, todas as paredes foram retiradas”, diz Cristiane. Como consequê­ncia, elas não puderam derrubar todos os pilares e integrar completamente o ambiente. A recomendação, nesses casos, é consultar sempre um engenheiro ou arquiteto antes de sair quebrando as paredes. “Havia um pilar no meio da parede, que acabou crescendo de 50 cm para 1 m e fizemos um novo de 50 cm, para reforçar a estrutura”, explica. No canto onde foi embutido o sofá, um pilar foi revestido e recebeu a tevê.
O Espaço Viver Bem (apartamento conceito) da arquiteta Renata Mueller tinha seis pilares. “Com marcenaria, optamos por deixá-los mais bonitos com o revestimento ripado”, comenta. Essa é uma opção para quem prefere usar o pilar como um elemento decorativo. Ainda de acordo com a profissional, hoje em dia muitos edifícios novos têm plantas flexíveis, mas é bastante comum esbarrar com problemas de estrutura nos casos de reforma.
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