Foi quando Lorenzetti percebeu imediatamente seu potencial como mobiliário de livros. “É muito difícil encontrar móveis assim, retos e minimalistas. Além de livros, eles também guardam nossos souvenires de viagens e outros objetos mais frágeis, que mantemos longe das crianças”, conta.
Uma bela cadeira, móveis tipo aparador ou mesa de centro são opções para quem não tem tantos livros e quer aliar estilo à coleção. Prateleiras rasas, como aquelas de lojas, também são alternativas para expor obras de arte ou infanto-juvenis, embora não sejam nada funcionais aos bibliófilos, pois ocupam espaço e não comportam tantos títulos.
Para os pequenos leitores, uma sugestão criativa é a prateleira desenhada pela arquiteta Leticia Kaniak Kunow para sua filha de dois anos. “Os livros ficam no alto, evitando que a criança estrague suas páginas, mas estão à vista para que ela escolha e alguém os alcance. Depois, os pais podem ir descendo os livros para as prateleiras mais baixas”, diz a arquiteta pós-graduada pela Bauhaus-Dessau, na Alemanha. A peça batizada de Baum (“árvore”, em alemão) é de compensado multilâmina revestido com fórmica e possui iluminação de LED embutida.
O primeiro passo para quem pretende fazer prateleiras em casa é calcular a quantidade e o tamanho médio dos livros, para não desperdiçar espaço. “O ideal para um nicho é ter entre 27 e 35 cm de profundidade e o mesmo de altura”, ensina Leticia. A espessura vai depender do peso e volume dos livros, sob o risco de a prateleira abaular ou ceder. Para evitar desastres domésticos, ela cita a opção de fazer uma viga para dar maior apoio e, antes de tudo, consultar um profissional.