Pesquisadores da Universidade da Columbia Britânica, no Canadá, anunciaram recentemente a criação de um novo tipo de célula solar — construído com bactérias — capaz de converter luz em energia elétrica mesmo em condições de tempo nublado. O resultado da pesquisa foi publicado no periódico especializado Small.
O desenvolvimento da célula, que registrou uma corrente mais forte que qualquer outra já registrada em dispositivos semelhantes, abre novas possibilidades para regiões tipicamente encobertas, como a Columbia Britânica e o norte da Europa, onde a primeira rodovia solar do mundo foi inaugurada.

As células solares “biogênicas” contêm organismos vivos e foram desenvolvidas a partir de esforços anteriores que se concentraram na extração do corante natural que as bactérias usam para a fotossíntese. A partir do processo tradicionalmente caro e complexo de extração do corante, os pesquisadores, liderados pelo professor Vikramaditya Yadav, mudaram o foco para a bactéria E. coli, que foi geneticamente modificada para produzir grandes quantidades de licopeno, um corante que é eficiente na absorção de luz para gerar energia.
A equipe estima que o processo poderia reduzir o custo da produção de corante em 90%, representando um salto significativo para a viabilidade da tecnologia. Após o anúncio, a equipe continua avançando, procurando um processo que não mate as bactérias, possibilitando, assim, a produção de corante indefinidamente.