A pauta segurança pública talvez seja a mais importante do governo Bolsonaro. Foi ela que o ajudou a ser eleito e foi durante anos a principal bandeira do então deputado, agora presidente do Brasil.
A nomeação de Sergio Moro para o Ministério da Justiça aumentou ainda mais as expectativas em torno da área. Conhecido pelo trabalho na Operação Lava Jato, que de forma inédita na história do Brasil colocou políticos e empresários poderosos na cadeia e mudou a percepção sobre o combate à corrupção no país, Moro assumiu a tarefa de combater o crime diante de índices dramáticos, como os mais de 60 mil homicídios registrados por ano.
Agora, com pouco mais de um mês de governo, Moro apresentou um projeto anticrime cujas medidas preveem o endurecimento de penas; mais rigor dentro dos presídios; a criminalização do caixa 2 eleitoral; prisão em segunda instância como regra geral e em primeira instância no caso de homicídios; e o chamado excludente de ilicitude para não punir policiais que matam criminosos em situações de confronto ou risco a vítimas.
Os colunistas da Gazeta do Povo Rodrigo Constantino, Guilherme Fiuza, Gustavo Nogy e Madeleine Lacsko comentam o projeto, seus pontos fortes e seus pontos fracos.