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Pessoas se reúnem do lado de fora da Congregação da Árvore da Vida, em 30 de outubro de 2018, em Pittsburgh, Pensilvânia (EUA). | BRENDAN SMIALOWSKI/AFP
Pessoas se reúnem do lado de fora da Congregação da Árvore da Vida, em 30 de outubro de 2018, em Pittsburgh, Pensilvânia (EUA).| Foto: BRENDAN SMIALOWSKI/AFP

Para aqueles que se concentram na política, a eleição de terça-feira passada (6) parece ter nos deixado ainda mais divididos. Certamente, os eleitores parecem divididos, não apenas ao longo das linhas partidárias, mas também por raça, religião, gênero e geografia. A linguagem divisiva dos dois partidos começou no topo e permeia todos os aspectos da esfera política. A violência motivada pelo ódio está em ascensão. É muito fácil acreditar que o país está desmoronando. 

No entanto, essas divisões não descrevem completamente os EUA. Um exemplo: o ataque mortal feito por um neonazista em uma sinagoga da cidade de Pittsburgh há 15 dias. É difícil pensar em uma manifestação mais trágica do ódio que está atualmente infectando o cenário político. 

Antes de nos rendermos ao desespero, porém, devemos também olhar para a resposta e a efusão de apoio que seguiu o crime. Em todo o país, os americanos, independentemente de sua política ou religião, correram para oferecer orações e outros tipos mais tangíveis de apoio. Mais de US$ 1 milhão foi doado em uma semana para ajudar as famílias das vítimas. Em testemunho à unidade inter-religiosa, a pequena comunidade muçulmana de Pittsburgh contribuiu com mais de US$ 120 mil em apenas três dias. E dezenas de milhares de cristãos, muçulmanos e outros se juntaram aos judeus para uma demonstração de solidariedade intitulada “Mostre-se para o Shabat”. Essa é a verdadeira América.  

Ou considere a história de John Chhan, um refugiado cambojano que fugiu para os EUA há 40 anos e abriu uma loja de donuts em Seal Beach, Califórnia. Chhan administra a loja até hoje, mas recentemente sua esposa sofreu um aneurisma, não podendo mais sair de casa. Então seus clientes fiéis e outras pessoas da sua comunidade correm diariamente para comprar todo o seu estoque de donuts cedo para que ele possa ir para casa e cuidar da esposa. 

Isso são os EUA: uma história de sucesso de um imigrante e uma comunidade reunindo-se para ajudá-lo. 

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Considere também a resposta ao furacão Michael, que destruiu tanto a Língua de Terra da Flórida como o sudoeste da Geórgia no final do mês passado. Dezenas de milhões de dólares já foram arrecadados por instituições de caridade para ajudar as vítimas. Além do dinheiro, mais de 11 mil voluntários se juntaram para ajudar. Ninguém perguntou se os destinatários eram democratas ou republicanos, pró-Trump ou parte da Resistência. Eles apenas se levantaram para ajudar os necessitados. 

Isso são os verdadeiros EUA: o que também se reflete em nossa generosidade incomparável. Só no ano passado, os americanos contribuíram com mais de US$ 410 bilhões para caridade. Além disso, e talvez ainda mais notavelmente, mais de 77 milhões de americanos gastaram quase 7 bilhões de horas como voluntários para ajudar seus vizinhos e outros necessitados. Todos os dias, os americanos ultrapassam linhas ideológicas e demográficas apenas para ajudar. Isso descreve muito melhor os EUA do que o mais recente meme da Internet. 

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É claro, existem sérios problemas que nos dividem. Problemas que devem ser discutidos e debatidos vigorosamente. Eles importam. Mas os defensores de ambos os lados querem que acreditemos que política é tudo. Essa crença, na verdade, é parte do que torna nossa política tão venenosa. 

Mas esses defensores estão errados. Não importa quão desagradáveis sejam nossos desacordos políticos, nunca devemos perder de vista o fato de que a política não é o coração e a alma dos EUA. 

Na semana passada, o Major Brent Taylor, um prefeito em Utah e pai de sete filhos, ainda na ativa com os militares americanos, foi morto no Afeganistão. Em sua última mensagem para casa, o major Taylor nos lembrou que “não importa se os republicanos ou os democratas venceram… como americanos temos mais coisas nos unindo do que nos dividindo". 

O Major Taylor estava certo.

©2018 National Review. Publicado com permissão. Original em inglês
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