Empreendimento Essential, da Plaenge, no Ecoville: unidades custam a partir de R$ 2 milhões.| Foto: Júlio Cezar Souza/Plaenge

Diante da oferta constante de novas unidades nos últimos anos, os imóveis do segmento de luxo e superluxo parecem não ter sentido a desaceleração do mercado.

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Este é um mercado saudável que se equilibra dentro da demanda orgânica. Ele também não é tão sensível às crises econômicas.

Leonardo Pissetti, diretor de empreendimentos da Swell Construções e Incorporações.

Em 2011, ano do boom do setor, Curitiba teve sete empreendimentos de altíssimo padrão lançados, somando um total de 300 novas unidades com preços superiores a R$ 1 milhão. No ano passado, a oferta de novos apartamentos chegou a marca das 347 unidades e fez do segmento um dos mais estáveis do setor.

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Exemplares

Conheça alguns dos empreendimentos do segmento de luxo e superluxo lançados entre 2011 e 2014:

A oferta restrita – que favorece a manutenção da demanda– é um dos pontos que estimula o mercado de luxo, segundo especialistas. O gerente regional da Plaenge, Luiz Gustavo Salvático, lembra que, mesmo depois do boom, este mercado não teve excesso de oferta, como ocorreu com os segmentos de dois e três dormitórios compactos, de até 100 m². Isso fez com que ele continuasse sendo atendido de acordo com a procura. “Este é um mercado saudável que se equilibra dentro da demanda orgânica. Ele também não é tão sensível às crises econômicas, pois seus consumidores têm um patrimônio formado, dependendo menos do crédito imobiliário”, acrescenta Leonardo Pissetti, diretor de empreendimentos da Swell Construções e Incorporações. Essa maior independência em relação ao crédito faz com que o número de distratos no segmento também seja menor, garantindo a liquidez dos empreendimentos.

Unidades novas têm valorização tímida no início de 2015

O mercado imobiliário de Curitiba registrou um início de ano tímido no que se refere à valorização dos apartamentos residenciais novos. Em janeiro, a variação mensal média foi de 0,3% e fez com que o preço do metro quadrado privativo chegasse aos R$ 6,2 mil.

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Aposta em qualidade

O crescimento de 60% no Valor Geral de Vendas (VGV) lançado pelo segmento de luxo nos últimos quatro anos também chama a atenção no setor. André Marin, diretor de incorporações da construtora Laguna, lembra que a valorização do preço dos imóveis acima da inflação no período e o aumento dos custos da construção ajudaram a alavancar o índice, mas não foram os únicos responsáveis pelo seu crescimento. “A evolução no padrão dos produtos, que oferecem ainda mais tecnologia e qualidade, também agregou mais valor aos empreendimentos”, diz.

Luxo renovado

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Para 2015, o cenário do segmento é de otimismo, principalmente porque ainda há demanda a ser atendida, na opinião dos especialistas. Todas as empresas ouvidas pela reportagem têm lançamentos previstos de empreendimentos inteiros ou de unidades com preços na casa do milhão para o período, em regiões como Ecoville e Champagnat. “As pesquisas indicam que o segmento de alto luxo vem crescendo em Curitiba. É um mercado composto por pessoas que querem migrar da moradia horizontal para um apartamento, especialmente em função da segurança, ou pelas que pretendem fazer um upgrade do seu imóvel”, sinaliza Aline Perussolo Soares, presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR) e diretora de marketing da Construtora San Remo.

Unidade decorada do empreendimento Mai Home, lançamento da Laguna no Campina do Siqueira.
Unidade decorada do empreendimento Mai Home, lançamento da Laguna no Campina do Siqueira
Cozinha do decorado do Palazzo Lumini, no Ecoville, pela construtora San Remo.
Decorado do residencial Essential, no Ecoville, da construtora Plaenge.
Varanda do decorado do Essential, no Ecoville, da Plaenge
Decorado do empreendimento Mai Home, no Campina do Siqueira, da construtora Laguna.
Decorado do empreendimento Mai Home, no Campina do Siqueira, da construtora Laguna.
Decorado do empreendimento Mai Home, no Campina do Siqueira, da construtora Laguna.