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Com capacidade de 24 litros por minuto, o modelo Orbis 325HFBE tem exaustão forçada de gases por ventoinha automática, evitando acidentes. Custa entre R$ 1.350 e R$ 1.500 | Fotos: Divulgação
Com capacidade de 24 litros por minuto, o modelo Orbis 325HFBE tem exaustão forçada de gases por ventoinha automática, evitando acidentes. Custa entre R$ 1.350 e R$ 1.500| Foto: Fotos: Divulgação

Dimensionamento

Verificar o número de pontos de consumo que serão atendidos é determinante para saber qual tamanho de aquecedor deve ser instalado. Veja abaixo a relação entre o tamanho e a capacidade de atendimento simultâneo, considerando dias os mais frios.

8 litros

Atende um chuveiro.

10 a 15 litros

Atende um chuveiro e uma torneira.

18 a 20 litros

Atende dois chuveiros com vazão de 8 litros por minuto

22 a 26 litros

Atende dois chuveiros com vazão de até 10 litros por minuto

30 a 37 litros

Atende três chuveiros com vazão de até 10 litros por minuto

Fonte: Associação Brasileira de Aquecimento a gás (Abagás).

  • Com controle remoto que pode ser instalado a até 20 metros de distância do aquecedor, o modelo Bosch GWH 720 CTDE (36 litros) tem sensor de verificação de chama, aumentando a segurança. Preço sugerido: R$ 3.500

Os dias frios do outono em Curitiba têm mostrado que o inverno será rigoroso. Pa­­­ra garantir banho quente e com boa vazão de água, os consumidores que usam o aquecimento a gás sentem o inverno no bolso, com o aumento do consumo du­­rante esse período. Novos modelos de aque­­­cedores digitais, com controle mais preciso da temperatura, ajudam a reduzir o consumo de água e gás."É claro que os gastos têm relação com o comportamento da família, mas no inverno é inevitável, precisa-se de mais gás para aquecer a água que chega à casa mais fria", comenta o e proprietário da 3B Aque­­­ce­dores, Carlos Roberto Braga, que trabalha há 30 anos com instalação e manutenção de aquecedores.Ao aumentar a temperatura do aquecedor de passagem nos modelos analógicos – o mais comum nas residências e que aquece a água na passagem pelo queimador – é usual que se precise recorrer à água fria para temperar o banho, gastando mais água também. "Nos meses do inverno gastávamos R$ 120 reais de água e um botijão do tipo P45 (com 45 quilogramas) de gás, que custa em torno de R$ 155", diz o vendedor Carlos Alberto Grendel. Desde o ano passado, a família recorreu à tecnologia para economizar, substituindo o aquecedor analógico (acionado com uma pi­­lha) por um digital, que é acionado com a energia elétrica e tem um painel em que se pode regular a tem­­peratura da água. A casa tem dois chuveiros, uma banheira e três pontos de torneira que são alimentados com água quente de um aque­­cedor de 16,5 litros.

A contabilidade da casa ficou mais estável. "Hoje gastamos em tor­­no de 40% menos gás e 20% menos água. O investimento foi cerca de R$ 500 a mais do que um mo­­delo analógico, mas compensou em poucos meses", afirma Grendel.

O modelo usado pela família estava há oito anos em funcionamento e, de acordo com o consumidor, não apresentava defeitos ou vazamento.

As fabricantes consultadas pela reportagem explicam que os modelos eletrônicos proporcionam uma regulagem mais precisa, mas o consumo de gás está relacionado com a potência do aparelho. Quanto maior a potência, maior o consumo. "Com a regulagem precisa, é possível que se tenha alguma economia. Além disso, a substituição de um aparelho novo pode corrigir problemas de instalações antigas e consequentemente gastar menos gás", afirma o tecnólogo civil, técnico em mecânica e conselheiro do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agro­­­nomia do Para­ná (Crea-PR), Osmar Barbosa.

Conforto

Adelaide Zanon Grendel, esposa de Carlos Alberto, lista ainda outra vantagem do aquecedor digital. "Quando utilizamos mais de um ponto ao mesmo tempo, a água se mantém quente em todos eles e não diminui a vazão."

A estabilidade na temperatura é apontada por Braga como a principal vantagem dos modelos digitais. "Evita-se o superaquecimento. Se um usuário define a temperatura de 40 graus, mesmo que se abra pouquinho, o chuveiro funcionará com essa temperatura, evitando casos de queimadura, especialmente em crianças", explica.

A segurança foi um dos motivos que levou a dona de casa Débora Anastacio a substituir um aquecedor de acumulação (onde a água é aquecida previamente e fica em um reservatório) por um modelo de passagem digital. "O aquecedor era muito antigo, algumas vezes notávamos que a água saía com uma coloração escura e tínhamos medo por conta da instalação", conta. A família também notou o conforto proporcionado pelo novo sistema, instalado há uma semana. "A quantidade de água durante o banho e a temperatura igual do início ao fim são as principais diferenças", diz Débora.

Os preços dos modelos digitais ou semi-digitais são variáveis e dependem da capacidade e da tecnologia. Há produtos de R$ 570 a R$ 7 mil. Em alguns casos é possível instalar o painel de controle próximo ao banheiro (não dentro por conta da umidade), no corredor ou closet, e mudar a temperatura pouco antes de entrar no banho. "Se cada pessoa da família gosta de uma temperatura diferente, não é preciso ir até o aquecedor para alterar, basta usar os comandos no painel", diz Braga.

Segundo a gerente da loja do Barigui do Balaroti Material de Construção, a procura por esse tipo de produto aumentou nos últimos dois meses. "Para cada modelo analógico, vende-se dois digitais. Mes­­mo com o preço superior, os consumidores buscam pela economia de longo prazo", diz.

Braga explica que mesmo aquecedores analógicos com maior capacidade não conseguem atender satisfatoriamente vários pontos ao mesmo tempo. "Sempre ha­­verá perda de temperatura quando se usa dois pontos ao mesmo tempo. Já nos aque­­­cedores digitais, o equipamento ‘percebe’ o aumento de demanda e am­­­plia a quantidade de calor para conseguir aquecer a água por igual", diz.

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