Residencial Parque Tingui, no Pilarzinho, será entregue em dezembro de 2010| Foto: Daniel Derevecki / Gazeta do Povo

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Com maiores demandas, os segmentos econômico e supereconômico ganharam uma nova cara. Giammarco Gentile, diretor da Tenda, lembra que antes os imóveis nessa faixa de preço eram muito "quadrados", enquanto hoje oferecem áreas de lazer e acabamento melhores. "Outra preocupação do mercado é quanto à localização, à segurança e ao conforto."

Marlus Doria, diretor executivo da Regional Paraná da Doria Goldsztein Cyrela, conta que o acabamento melhor é consequência do aprimoramento do mercado e de uma maior seletividade dos consumidores. "As pessoas estão mais exigentes, até em relação à localização, que – em muitos casos – precede o preço nos critérios de escolha em Curitiba."

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Giammarco Gentile, diretor de Prospecção e Incorporação da Construtora Tenda, empresa que tem dois lançamentos no segmento econômico no momento, considera que – apesar da oferta maior de econômicos – a tendência de maior crescimento daqui para frente seria dos supereconômicos (imóveis até R$ 120 mil), tendo em vista que, para ele, essa camada não estava sendo bem atendida pelo mercado. "Além disso, (o supereconômico) é o diretamente auxiliado pelos programas habitacionais do governo, e tem o déficit maior também."

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Até o fim de outubro, 29 propostas de empreendimentos para o "Minha Casa, Minha Vida", com 3.560 unidades, foram recebidas pela Caixa Econômica Federal (CEF), no valor de R$ 218,9 milhões em Curitiba. Após análise, 1.210 unidades dessas propostas já foram contratadas, envolvendo R$ 98,67 milhões.

É à CEF que o diretor da construtora Fontanive, Benito Fontanive, atribui a redescoberta do segmento supereconômico, que – segundo ele – estava abandonado. "Não houve programas habitacionais por muitos anos no Brasil, o governo fez isso de forma acertada", avalia.

Resposta

Pelos empreendimentos da Tenda e da Fontanive é possível ter uma ideia da resposta também do segmento econômico no mercado imobiliário atual. A primeira tem dois lançamentos em Curitiba: o Fit Marumbi (lançado em setembro), com 335 unidades (cerca de 50% já comercializadas, segundo o responsável pelas vendas, Felipe Lima), no bairro Guaíra; e o Fit Palladium (lançado no ano passado), com 228 unidades (quase 100% vendidas), no Portão. Ambos com preços entre R$ 150 mil e R$ 180 mil.

Recentemente, o químico Francisco Ide Sales, de 30 anos, que é de Campinas (SP), adquiriu um apartamento no Fit Marumbi, que deverá começar as obras apenas no primeiro semestre de 2010. Ele não faz parte do perfil de renda dos que mais procuram imóveis econômicos, já que ganha mais de dez salários mínimos, mas se encaixa em outras características: é jovem e pretende se casar em breve. "O que mais me motivou a fazer essa aquisição foi a possibilidade de usar o meu FGTS com uma taxa baixa de financiamento."

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Já a Fontanive está com um empreendimento no bairro Pilarzinho. Lançado em julho, tem preço médio de R$ 130 mil e será entregue em dezembro de 2010. O Residencial Parque Tingui, próximo ao ponto turístico, terá três torres e contará com 66 unidades, de um a três quartos, das quais 28 foram vendidas.