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Você já teve a impressão que o salário que seu pai recebia, quando tinha 30 anos, é bem diferente do salário que as pessoas com a mesma idade recebem hoje? Sem dúvida isso é um reflexo da grande disponibilidade de mão-de-obra e da concorrência por melhores vagas de emprego.

Para o professor de Ciências Contábeis da Unifae Centro Universitário, Sérgio Guarita, essa mudança no mercado de trabalho tem afetado diretamente a escolha entre morar com os pais ou não. Segundo ele, um jovem que mora em uma residência semelhante à da família, com itens básicos de mobiliário e conforto – como tevê por assinatura – precisaria ganhar em torno de R$ 5 mil por mês para dar conta dos gastos.

Gerson da Silva, diretor de vendas da imobiliária Galvão, faz as contas para mostrar que pode sair bem caro sair de casa. Para quem começa a vida fora, pode-se gastar com aluguel desde R$ 180 por mês (para um apartamento de 1 quarto no Centro) até R$ 700 (imóvel pequeno de alto padrão). Ou seja, no mínimo uma prestação de moto, no máximo uma pós-graduação.

Mesmo assim, tanto Guarita quanto Silva acreditam que a opção por permanecer em casa não prejudica o mercado imobiliário. Até porque o período extra sob o teto familiar pode tornar mais fácil uma futura compra. "Quem quer comprar um imóvel vai adquiri-lo morando ou não com os pais", analisa o professor da Unifae. Ou seja, ao invés de sair de casa para um aluguel, o jovem tende a ter como primeira residência sozinho um imóvel próprio.

Só que isso pode demorar. O diretor da Galvão afirma que, quem pretende economizar pode adiar muito o projeto de comprar uma casa ou apartamento. "Se pararmos para pensar no conforto de casa, é claro que é muito mais barato viver com os pais do que comprar um imóvel de mesmo padrão", argumenta. (PM)

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