As recentes mudanças que agitam o Mossunguê não afetam a rotina da maioria dos moradores mais antigos. Gente como a dona de casa Apolônia Dering, que mora no bairro há quase meio século e não vê motivos para sair. Aos 74 anos, ela só lamenta ter perdido um pouco da tranqüilidade de outrora. "Antes não tinha praticamente nada por aqui. Agora, às vezes temos dificuldade para conversar dentro de casa por causa do maior movimento dos carros", diz. "Mesmo assim gosto do bairro por não ser tão povoado, e por enquanto não tenho vontade de sair."

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Ivo Antônio Rodrigues, presidente da Associação de Moradores do bairro, aprova a transformação do local, fruto do maior interesse da área imobiliária. "É um grande avanço, principalmente na geração de empregos", afirma. A comerciante Maria de Lourdes engrossa o coro dos contentes. "Agora está melhor, até abri uma confeitaria por aqui há um ano." Maria só faz uma ressalva. "Às vezes temos problemas com segurança, mas isso há em todo lugar."

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