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Com grandes áreas disponíveis e relativamente perto do centro da cidade, a Lamenha Pequena desponta como uma das áreas mais promissoras para a construção de condomínios fechados. Ali pode acontecer, a médio prazo, o mesmo que ocorreu em outros bairros da cidade, como o Campo Comprido.

Atualmente, a característica mais marcante do mercado imobiliário local é uma certa lentidão nos negócios. "Aqui é praticamente a divisa de Curitiba com Almirante Tamandaré, não acontece muita coisa", diz o corretor Neri da Silva, da Nova Orleans Imóveis. Segundo ele, a imobiliária costuma ter alguns terrenos à venda no bairros, mas a oferta nunca é expressiva. "Pelo menos vende relativamente fácil", afirma.

Mas esse cenário pode estar em vias de extinção. Depois da inauguração do campus da Escola Internacional de Curitiba, a região se tornou mais atraente para um segmento que não pára de crescer na capital paranaense, o dos condomínios fechados. Em uma quadra da rua Eugênio Bertolli, por exemplo, há dois, um do lado do outro. O Vizcaya, da Casteval, e o Jardim Modena, da LN Portofino.

Segundo a corretora Suzana Medeiros, da LS Castro Imóveis, este é o futuro da Lamenha Pequena. "Quem tem áreas na região tem essa visão. O perfil do bairro caminha para isso", diz. Suzana conta que a LS Castro tem uma área de 25,6 mil metros quadrados que está sendo negociada para este fim. "E o terreno faz divisa com outro, nos fundos, que já foi adquirido por uma incorporadora para ser feito um condomínio", afirma.

Para as áreas menores – que são raras – a alternativa são as residências de alto padrão. "Imóveis de médio e baixo padrão de construção valem apenas pelo lote", diz a corretora. Tudo isso para venda, pois o mercado de locação mal dá sinais de vida. "Aqui não se encontra nem placa", resume Suzana.

Moradores antigos, como o artesão Sérgio Genoveski e sua esposa Sueli Manfron, vêem com ressalvas as perspectivas de desenvolvimento do bairro. "Onde o progresso chega os problemas vêm atrás", diz Genoveski. A principal preocupação do casal, no entanto, não são os condomínios, mas sim o Contorno Norte, que corta o bairro na sua porção norte. "A gente não tem mais a mesma segurança de antes", afirma o artesão.

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