Rua da Imperatriz, Rua do Imperador. Você já ouviu falar delas? Pois é, são duas das vias mais badaladas de Curitiba – respectivamente as atuais XV de Novembro e a Marechal Deodoro. O que seria da cidade sem elas?

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Em meados do século 19, a "Rua das Flores" – primeiro nome da XV – era estreita e mal-iluminada. Uma de suas características era a presença de estacas em que os cidadãos amarravam seus cavalos.

A partir de 1880, alemães, italianos, judeus e sírio-libaneses instalaram relojoarias, barbearias e alfaiatarias. Em 1890 ganhou paralelepípedos, logo depois água encanada e eletricidade. Em pouco tempo, atraiu gente interessada em adquirir artigos finos. Vieram os primeiros bancos e clubes. A rua fervilhava. Em 1912 era ponto obrigatório de passagem de veículos e pessoas.

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A revolução começou em maio de 1972, quando caminhões da prefeitura despejaram pedras no asfalto: era o início do calçadão. Hoje é a rua dos estudantes, dos amigos da Boca Maldita, do café no balcão. Sua grande virtude talvez seja esta: é a passarela do homem comum, por onde circulam do candidato à presidência a figuras folclóricas como "olha a cobra!"

Irmã mais séria

A Marechal Deodoro, "irmã" da XV (é a paralela mais próxima, de tamanho e importância semelhantes), existe pelo menos desde 1850, quando era chamada de Carioca de Baixo. Também conhecida como Rua do Comércio, foi porta de entrada das tropas que vinham do interior do Paraná. Por mais de um século foi rua estreita, de prédios baixos. Alargada durante a gestão de Ivo Arzua (nos anos 60), passou a concentrar arranha-céus onde estão escritórios, agências bancárias e as galerias da cidade. Não possui a mesma exuberância da XV – não tem calçadão, não pertence aos pedestres, mas às centenas de carros que só param para disputar as poucas vagas do estacionamento regulamentado.

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