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Como toda cidade grande, Curitiba recebe pessoas das mais variadas regiões do país, principalmente catarinenses, paulistanos, gaúchos e mineiros, entre outros, que se somam à população da cidade. Além dos brasileiros, números recentes da Polícia Federal/PR mostram que há mais de 25 mil estrangeiros na capital paranaense, principalmente alemães, norte-americanos, argentinos e franceses, que escolheram a cidade para trabalhar, estudar ou simplesmente passear. O curitibano da gema que se cuide, eles estão invadindo!

José Avelar de Melo, 67 anos. Natural de Cedro de São João, Sergipe. Chegou na capital paranaense em junho de 1960 para trabalhar na construção da BR-116. O que mais ficou admirado na época foi não ver pessoas pedindo coisas na rua, cena que já era comum no Nordeste. Hoje, reclama da segurança. É proprietário de banca de revistas.

Edgar Kindermann Speck, 34 anos. O advogado catarinense, de Joinville, está em Curitiba desde 1990, mas não se sente um curitibano, apesar de ser grato pelo que a cidade lhe proporcionou. Ele critica a receptividade aos que vem de fora e diz que os curitibanos "natos" tendem a aprofundar os laços de relacionamento somente entre eles.

Diana Mesniki, 54 anos. A mineira de Teófilo Ottoni vive em Curitiba desde 1972 e é hoje proprietária de um spa urbano. Ela acompanhou o marido, que veio trabalhar na Copel. Na época quase se desesperou com o frio – teve sinusite, bronquite, tudo de uma vez só – e com o choque cultural – não tinha nada para se fazer.

Ricardo Alfredo Cabrera, 47 anos. Líder religioso e proprietário de uma loja de artesanato, nasceu em Córdoba, Argentina. Chegou em Curitiba em 1991, a serviço de um movimento religioso. Ficou impressionado com a organização da cidade e com as cabines telefônicas vermelhas – ao estilo londrino – e com as listas à disposição da população, sem que ninguém as levasse embora.

Havi Santhosh (Padre Joachim Andrade), 43 anos. O sacerdote católico, natural de Mengalore, Índia, chegou na capital paranaense em 1993 para trabalhar como missionário. Achava que o Brasil era uma grande selva amazônica. Ficou positivamente chocado. Estranhou o abraço – diferente da distância dos indianos –, o excesso de carne e o senso de dever sem muita meditação.

Orlando Lopes, 30 anos. O estudante africano, de Bissau, está em Curitiba desde 2003, quando chegou na cidade para fazer o curso de Administração Internacional de Negócios, na UFPR. Ficou impressionado com a limpeza e a organização da cidade e diz desfrutar de uma diversidade cultural que não existe em Guiné Bissau.

Glauce Midori Nakamura, 32 anos. A designer gráfica – paulista de Mogi das Cruzes – vive em Curitiba desde 1993, quando veio estudar. Ela diz ter muito respeito pela cidade que a acolheu e salienta a consciência de cidadania do curitibano – algo que ela acredita que falta, não só em sua cidade natal, como na maioria das cidades brasileiras.

Ahmad Ali Charkie, 66 anos. Natural de Kherbt Rouha, Líbano, chegou em Curitiba no ano de 1959. No início estranhou a língua, o modo de viver das pessoas, mas hoje se considera muito mais curitibano do que libanês. Valoriza a liberdade e a tranqüilidade para trabalhar, diz que ninguém fica olhando para o outro: "isso é bom!".

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